Terroristas que atacaram Barcelona na quinta-feira eram irmãos
Essa questão intriga a polícia, autoridades e especialistas.
A pergunta que se faz entre policiais, autoridades é a seguinte: Por que os últimos grandes ataques terroristas foram feitos por irmãos de sangue? Segundo especialistas em assuntos de terrorismo, é muito mais fácil para um recrutador aliciar membros da mesma família, pois toda operação funciona como “em circuito fechado”.
Os últimos ataques terroristas em Paris, Bruxelas e Barcelona tiveram o comando de irmãos. Uma das incógnitas para os Centro Nacional de Inteligência, Guarda Civil e Polícia Nacional é a razão pela qual o alegado cérebro da operação, o imã Abdel Baki Essati, ter recrutado um grupo de jiadistas com vários irmãos.

Terroristas dos atentados em Paris
No ataque terrorista em Barcelona, por exemplo, a célula jiadistas era composta por doze elementos, quase todos de nacionalidade marroquina e na casa dos 25 anos, há um grupo de quatro irmãos. Younes Abouqaaqoub, o homem que atropelou várias pessoas nas Ramblas na última quinta-feira à tarde e que foi abatido nesta segunda-feira, a oeste de Barcelona, era o irmão mais velho de Housainne, de 19 anos, que fez parte do atropelamento em Cambrils e foi abatido pela polícia.

Os irmãos chechenos, Dzhokhar e Tamerlan, que atacaram Boston
Também os irmãos Mohamed e Omar Hychami foram mortos nessa operação em Cambrils quando se preparavam para esfaquear transeuntes naquela cidade catalã. O terceiro grupo é constituído por Said Aallaa (outra baixa em Cambrils), Mohammed Aallaa, um dos quatro sobreviventes desta célula, e Youssef, que pode ter morrido na explosão na casa em Alcanar juntamente com o imã de Ripoll. 
Os outros irmãos são Moussa Oubakir, também abatido em Cambrils, e Driss Oubakir, que se entregou, embora não haja certezas sobre o seu envolvimento na trama.
Em Boston, os irmãos chechenos Dzhokhar e Tamerlan Tsarnaev comandaram o atentado durante a maratona, provocando a morte de três pessoas e centenas de feridos.
Imagens de terroristas que agiram em Bruxelas
De acordo com o “The New York Times”, que cita fontes do contraterrorismo, o imã Abdel Baki Essati teria escolhido um conjunto de irmãos para esta célula porque “os laços familiares tornam mais difícil à saída de um grupo”. 
E no caso de isso acontecer, é menos provável que algum deles vá denunciar os restantes à polícia. “Entre irmãos o segredo fica mais resguardado por razões de solidariedade e confidencialidade”, informa José Manuel Anes, especialista em assuntos de terrorismo.

Walther Alvarenga

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