Marcelo Rezende deixa legado especial na televisão brasileira
Fica o seu legado e a certeza que são poucos os que entram para história

Sem dúvida, Marcelo Rezende marcou a sua trajetória na televisão brasileira com excelência, apontando criminosos, exaltando pessoas do bem e, na melhor das intenções, cumprindo com o seu dever de informar. E depois de passar por programas de peso, incluindo o “Linha Direta”, na Globo, atualmente à frente do “Cidade Alerta”, na Rede Record, foi imparcial e exigente, inclusive, exaltando no ar as derrapadas dos “focas” – termo usado no Jornalismo para  identificar os repórteres iniciantes.

Colocou apelido em meio mundo, chamando uma jovem repórter de “Capitão Nascimento”, entre outros nomes, incluindo o “Menino de Ouro” para o apresentador Luiz Bacci – me desculpe o leitor, mas considero o Bacci superficial ao extremo, mais parecendo vendedor de sabão em pó.

O encontro com Deus no momento de compenetração
Tem também a Fabíola Gadelha, que foi denominada como Fabíola Rabo de Arraia, por quem Rezende nutria um carinho especial, e a levou para São Paulo, encantado com a sua eficiência e impetuosidade.

Enfim, Marcelo Rezende é um mestre que a televisão brasileira perde e que vai fazer falta. No momento deste artigo, me refiro a Rezende estar hospitalizado – na UTI – em situação crítica, na luta acirrada contra um câncer no fígado e no pâncreas. 
  
A televisão no Brasil carece de bons profissionais e, não cabe a mim dizer se este ou aquele é o melhor, mas há um bando chatos, que incomoda. E quando estamos diante de uma fatalidade que tira Marcelo Rezende do ar, fica a lacuna porque os bons são poucos – conta-se nos dedos.  

No Cidade Alerta ele não poupou nem mesmo os poderosos
Confesso que fiquei fragilizado com drama enfrentado por Marcelo Rezende e a forma como as que coisas aconteceram, transformando em lembranças o que não devemos esquecer. Há os que passam por nós e deixam um legado memorável.

E quem se acostumou a ver o Marcelo Rezende dizer: “Corta pra mim” ou então dar uma dura no pessoal da produção, quando o planejado não acontecia durante o  “Cidade Alerta”, vai sentir muita falta.

Geraldo Luiz o amigo para todos os momentos
Foi um ano complicado para o Brasil, na linha cultural, com perdas irreparáveis como Luiz Melodia, Belchior, Rogéria, e tantos outros artistas, que não vêm à memória, mas que fizeram a sua história.

Ao mestre Marcelo Rezende a reverência de um Brasil – o país do povo – que o admira e o reverencia. Valeram todos os seus alertas, nas entrelinhas, que alfinetou os poderosos e colocou na parede àqueles que de fato  mereceram o posto de “traidores do povo brasileiro”, como ele mesmo dizia.

Walther Alvarenga

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