Momento da condenação dos jornalistas pelo tribunal norte-coreano |
Profissionais de imprensa podem
ser executados a qualquer momento
Quatro jornalistas foram
condenados à morte por um tribunal da Coreia do Norte por publicar
, “indevidamente”, a resenha do livro britânico Coreia do Norte Confidencial, que revela a
vida secreta no país de Kim Jong-un.
A decisão caiu como uma bomba nos meios
jornalísticos da Ásia e da Europa, pela violação do direito à informação.O embaixador da
Coreia do Norte nas Nações Unidas, Ri Tong Il, evitou falar com a imprensa.
Os “criminosos” serão executados
a qualquer momento, sem direito algum de defesa, considerados por Kim Jong-un
como “inimigos” do bem estar da população de seu país. Os jornalistas foram
chamados de “traidores”. O tribunal julgou que os autores “difamaram
selvagemente a realidade da Coreia do Norte”.
Jornalistas de Europa manifestaram
indignação, assim como profissionais de imprensa no Japão e na Coreia do Sul. “Isso
é uma afronta, ninguém tem o direito de cercear a informação” retrucou o Ministério
de Unificação da Coreia do Sul.
Vão ser mortos de forma cruel, dois jonalistas sul-coreanos e os diretores dos jornais para os quais trabalham por publicarem resenhas sobre um livro britânico que aborda a vida no país norte-coreano.
Embaixador norte-coreano, Ri Tong Il, evitou falar com a imprensa. |
O tribunal considerou que os
quatro homens cometeram o crime de “insultar gravemente a dignidade” do país ao
entrevistar os autores do livro, segundo informações da imprensa oficial
norte-coreana.
De acordo com os veículos de comunicação
da Coreia do Sul, os jornalistas poderão ser executados a qualquer momento.
Os
jornalistas britânicos que escreveram o livro são os correspondentes em Seul:
James Pearson, da agência de notícias britânica Reuters, e Daniel Tudor, da
revista The Economist. O livro,
chamado North Korea Confidential (Coreia do Norte Confidencial),
se baseia em entrevistas com desertores norte-coreanos,
diplomatas e comerciantes.
Walther Alvarenga
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