O clima foi de expectativas na Assembléia-Geral das Nações |
Votação no plenário da ONU foi tensa e houve
pressão dos EUA
Foi ampla a maioria que votou a favor da resolução apresentada
pela Turquia e o Iêmen que condena o reconhecimento de Jerusalém como a capital
de Israel pelos EUA. A votação que aconteceu nesta quinta-feira na Assembleia-Geral das Nações (ONU) foi
tensa.
O texto recebeu 128 votos a favor, nove contra e 35 abstenções. Nos
debates sobre a resolução, a Palestina, que reivindica Jerusalém Oriental como
capital de seu futuro Estado, qualificou a ação do presidente Donald Trump como
uma "agressão à nação árabe e aos muçulmanos de todo o mundo".
Embaixadora dos EUA, Nikki Haley, disse que país lembrará da votação. |
A embaixadora dos
EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, usou um tom de intimidação e afirmou que o
país "se lembrará dessa votação". "A América levará sua
embaixada para Jerusalém, é a coisa certa a se fazer", disse.Já o
representante israelense declarou que a resolução terminará na "lata de
lixo da história".
Apesar disso, havia a expectativa de que mais de 150 dos
193 Estados-membros da ONU apoiassem o texto, o que acabou não acontecendo.
Entre
as 128 nações que avalizaram a iniciativa, estão Brasil, China, Rússia e boa
parte da União Europeia, com exceção de Croácia, Hungria, Letônia, Polônia,
República Tcheca e Romênia, que se abstiveram. México e Canadá, que fazem
fronteira com os EUA, também não disseram nem "sim" nem
"não".
Já os nove países que rejeitaram o texto são: Guatemala,
Honduras, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Palau e Togo, além de Israel e Estados
Unidos.
Walther Alvarenga
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