Imigrantes protestam contra violência policial nas ruas
Ativistas protestam contra detenções desumanas de imigrantes em Bruxelas

 O governo belga enfrentou uma reação contra sua dura orientação sobre imigrantes ilegais no país e duas mil pessoas protestaram contra ataques planejados pela polícia federal. Houve confrontos entre policiais e manifestantes na Bélgica.

Os ativistas protestam contra as detenções planejadas de imigrantes pelo governo federal e forças policiais na cidade de Bruxelas, e se recusaram a aceitar a operação truculenta da polícia federal. Os protestos ocorrem em meio a fortes tensões na Bélgica, com muitos dos locais invadidos por policiais, preocupando imigrantes.

Segundo relatórios, as cerca de cem pessoas deportadas de volta ao Sudão, foram torturadas quando retornaram. Por sua vez, o governo alega ser muito difícil manter imigrantes sem documentos no país.

O presidente da Liga dos Direitos Humanos, Alexis Deswaef, contestou a atitude brutal do governo belga, dizendo que, "A solidariedade não é um crime”.

O clima impede que até mesmo os imigrantes dirijam ou se locomovam a locais públicos como supermercados e parques, temerosos quanto a abordagem da polícia, que age de forma inescrupulosa. Alexis Deswaef aponta para a solidariedade de algumas famílias em Bruxelas, que dão apoio aos imigrantes perseguidos.


Imigrantes pedem respeito na Bélgica pelo descaso e agressões
"É graças ao empenho de muitos cidadãos que não há segunda Calais em Bruxelas, e não graças ao governo", alfinetou Alex.Voluntários de instituições de caridade se uniram para hospedar cerca de 200 imigrantes que de outra forma teriam que dormir em parques em toda a cidade.
Sudaneses temem voltar para o Sudão e serem torturados
Os imigrantes têm acampado no Parque Macimilien de Bruxelas desde 2015. O ministro para a migração na Bélgica, Theo Francken, enfrentou críticas e pede demissão por organizar a deportação dos imigrantes sudaneses.
A decisão desencadeou o tumulto devido ao terrível histórico de direitos humanos do Sudão e que o presidente Omar al-Bashir é procurado pelo Tribunal Penal Internacional para julgamento sobre crimes de guerra e acusações de genocídio.
O governo da coalizão na Bélgica corre o risco de colapso pelo escândalo. No verão passado organizou uma repressão contra os imigrantes que criaram um campo improvisado em Bruxelas e foi condenado por chamá-la de "operação de limpeza".
O partido de oposição ficou furioso com a frase "limpeza" e até mesmo o primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, descreveu isso como "inadequado".
Um residente de Bruxelas tentando ajudar os imigrantes, Nabil Moujahid, disse: "As pessoas aqui estão completamente exaustas. As condições de higiene são um desastre. Houve vários surtos de sarna. Eles estão exaustos de ataques policiais quase todas as manhãs, o que os obriga a fugir ".
 Walther Alvarenga

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