Chega às livrarias livro polêmico de Michael Wolff sobre Donald Trump |
Advogados de Donald Trump
tentaram impedir publicação do livro
O autor do livro explosivo, que criou polêmica antes de ser distribuído nos EUA - "Fire
and Fury: Inside the Trump White House" (Fogo e Fúria: Dentro da Casa
Branca de Trump) -, Michael Wolff, vem enfrentando pressões dos advogados do
presidente Donald Trump. Toda controvérsia do livro mais esperado entre os
americanos faz revelações bombásticas, inclusive, de que presidente estaria sofrendo de demência.
Michael Wolff, de 64 anos, criticou as
afirmações de Trump de que seu livro ‘Fire and Fury: Inside The Trump White
House’ é uma fantasia e "cheio de mentiras".O livro é baseado em
cerca de 200 entrevistas com funcionários da Casa Branca, revelando o
comportamento surpreendente de Trump.
Em poucas horas livro esgota e está no topo dos mais vendidos |
Segundo Wolff, "Trump é um homem que não
lê, não escuta ninguém. Então ele é como uma máquina controvérsia, apenas
disparando pelos lados ".
O livro chegou às livrarias nesta sexta-feira, com
a data de lançamento marcada para os próximos dias, depois que a equipe
jurídica de Donald Trump tentou bloquear
a publicação.
Livro revela quem é de fato Donald Trump |
As livrarias relatam que as pessoas ficam na fila para garantir
um exemplar do tão esperado livro, e que em Washington todos os exemplares se esgotaram
em poucos minutos. A grande publicidade gerada pela reação do senhor Trump
em relação à publicação do livro, o enviou diretamente ao topo do ranking de
best-seller mundial da Amazon.
O livro de Michael Wolff relata que a ex-chefe de gabinete da Casa
Branca, Katie Walsh, disse que trabalhar para o Trump é "como tentar
descobrir o que uma criança quer. Um homem imprevisível e intempestivo".
Wolff
disse que muitas das entrevistas foram gravadas. O escritor garante que se sente absolutamente
tranquilo, em todos os sentidos, muito
confortável com seus relatórios. "Minha credibilidade está sendo
questionada por um homem que tem menos credibilidade do que qualquer um que já
tenha andado na Terra neste momento", alfineta Wolff.
Michal Wolff teve livre acesso à Casa Branca |
O escritor afirma que Trump
está cada vez mais esquecido, com problemas de memória, repetindo histórias constantemente e que não
consegue reconhecer amigos. “Trump é repetitivo e distante às vezes”, diz.
Para esconder as
falhas de Trump do público, Wolff conta que a Casa Branca elaborou um plano
para que os entrevistadores enviassem perguntas de antemão.“O estado mental do
senhor Trump foi continuamente questionado pelos democratas e alguns querem
acusá-lo. É incoerente em alguns aspectos e confuso na maioria das vezes”,
denuncia o escritor.
Em meio a afirmações nos EUA de que Trump pode sofrer de demência,
Wolff disse que: "Todo mundo à volta do presidente estava dolorosamente
consciente do ritmo crescente de suas repetições".
O autor, que diz ter
recebido acesso generalizado à Casa Branca, afirma que os conselheiros e a
família do presidente "acreditavam que ele era incapaz de funcionar em
seu trabalho", no início de seu mandato.
No livro, Trump é
descrito como mulherengo e o seu casamento com Melania é descrito como
"desconcertante" para os estrangeiros. O casal dorme em quartos
separados e ele exigiu uma fechadura na porta do seu quarto.
Outra afirmação é que a primeira-dama
Melania Trump chorou na noite em que seu marido ganhou as eleições, ela disse
que as lágrimas "não foram de alegria".
Ligação com os russos – Quanto a suposta ligação de Trump com os
russos – então candidato presidencial –,
fica evidente no livro quando o autor aponta reunião no Trump Tower – prédio
do empresário em Manhattan –, denunciada por um dos integrantes do Staff do
republicano. O encontro foi taxado como "traidor
e antipatriótico".
O livro revela ainda que a equipe do Trump achava que ele
perderia as eleições e que Trump só se alimentava de fast food para não ser
envenenado. Recomendava ao pessoal para não tocar na sua escova de dentes.
Ele,
regularmente, sentava na cama comendo cheeseburger, às 18h30, enquanto chamava
seus amigos e assistia três TVs, simultaneamente.
Os advogados de Trump disseram
que consideram as acusações difamatórias. E que a tentativa de impedir a publicação
do livro seria para poupar os americanos de “mentiras”.
Por sua vez, Donald Trump
fez declarações dizendo que o livro de Michael Wolff estava cheio de
"mentiras, falsas declarações e fontes que não existem".
Walther
Alvarenga
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