Foram momentos de tensão no centro de São Paulo |
Um prédio antigo na área
central da cidade de São Paulo – de 26 andares – , habitado por 50 famílias
clandestinas desabou na madrugada desta terça-feira, às 1h30 (horário de Brasília), deixando
desaparecidos. Até o momento, a polícia ainda não confirmou número de mortos e
desaparecidos.
O prédio anteriormente ocupado pela Polícia Federal – que fica
próximo ao Largo Paissandu –, depois abandonado, era alvo de denúncias de
pessoas que residem e trabalham nas proximidades, devido ao péssimo estado em
que se encontrava, principalmente depois da invasão de famílias.
Para os
moradores das imediações, “foi uma tragédia anunciada”, pois denúncias foram
feitas às autoridades da Prefeitura de São Paulo, mas medida alguma foi tomada.
O caso foi tratado com descaso.
Chamas destruíram prédio de 26 andares no centro de São Paulo |
O coronel Max Mena, do Corpo de
Bombeiros, confirma a morte de uma pessoa durante a tentativa de resgate.
A vítima já estava com equipamento de segurança, mas caiu quando o prédio
desabou e ficou debaixo dos escombros.
O responsável dos bombeiros diz ainda que
há possibilidade de mais vítimas, mas não precisou um número. Imagens
publicadas nas redes sociais mostram a proporção das chamas.
Escombros tomam conta de área central de São Paulo |
O fogo teve início
pelas 1h30 quando as chamas deflagraram o quinto andar e propagaram-se
rapidamente aos pisos superiores. Os residentes dos prédios vizinhos
tiveram de ser retirados, dado que o incêndio de grandes dimensões alastrou-se
rapidamente.
O prédio acabou por ruir cerca de uma hora e vinte
minutos depois de o fogo ter começado. Um dos edifícios das proximidades
também se incendiou, mas os bombeiros dizem que tem risco de desabar.
Trata-se
do edifício Wilton Paes de Almeida, construído nos anos 1960 e inaugurado
em 1968. Foi sede de várias empresas até passar para posse do estado, mas terá
ficado vazio em 2006. Dezenas de pessoas ocuparam, desde então, o edifício
devoluto.
O coronel Max Mena revela que o Corpo de
Bombeiros tinha feito uma vistoria ao prédio e identificado várias falhas
na estrutura, como uma escada sem proteção até o 10º andar. (Walther
Alvarenga)
(Moradora registra momento crucial do desabamento do prédio em chamas)
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