Reencontro entre mãe e filho, em Baltimore, emociona o mundo.

Planeta Terra é esfera vermelha, demarcada pela imposição de facínoras

Com que direito alguém pode encurtar caminhos, cometer atrocidades, e ditar regras quando a liberdade entre os povos é dádiva concedida pelo milagre da existência - da vida como um todo? O direito de ir e vir - o livre arbítrio – é a concepção do homem/mulher, em perpetuar, seguir caminhos imbuído na missão de se realizar, aonde quer que almeje plantar a semente que prolifere suas vontades. O sonho é como o sol, que a todos aquece!

O Planeta Terra é hoje uma esfera vermelha, demarcada pela imposição de facínoras – os demônios do mundo – que manipulam, digladiam-se e caem por terra, exaustos, combalidos pela própria mesquinhez.

Cercear a liberdade – o desejo espontâneo de construir uma história – é castrar a esperança e encher de medo aos que do medo se alimentam por se sentirem fracos, impotentes. Os dias na Terra nos assombram, e a intransigência de poderosos derruba cavaleiros.

A falta de complacência tornou o poder intolerante. “Os donos do mundo” não se deram conta de que absolutamente nada lhes pertencem. E que suas ideias antagônicas são como um soco no bom senso, expelindo ódio e ameaças.

É crime humanitário impedir que mãe fique longe do seu filho, dilacerando o cordão umbilical da família. E o que vimos foi à imagem vergonhosa que percorreu o mundo, de uma mulher – de origem mexicana – abraçada ao filho, aos prantos, após longo período de separação, lembrando a era nazista, que odiosamente arrancavam as crianças dos pais e as enviava para os campos de concentração.

Crianças deitadas em tapumes, "cobertas" com alumínio.
A trajetória do imigrante não tem sido fácil ao longo dos anos. E cada vez mais o cerco se afila, lesando crianças, irmãos – famílias inteiras – à deriva do voto de misericórdia.

Basta olhar as aves no céu, que seguem em bando, alegres, se fundindo com o azul infinito. E não há barreiras, nada que as impeça de seguir o seu destino. Óbvio que existem os predadores no percurso, mas o direito de escolha foi dado a cada uma delas. Presente de Deus!

Crianças deitadas em tapumes, cobertas com folhas de alumínio é o que se pôde ver em “gaiolas” nos centros para imigrantes indocumentados nos EUA. Todas confinadas no mais absoluto abandono pela intransigência do poder que discrimina e criminaliza. Os tempos são difíceis e não existe compatibilidade entre o profano e o sagrado. Deus livre a América da xenofobia! 

Walther Alvarenga

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