A Inspeção Geral da Administração Interna de Portugal abriu processo
para esclarecer o caso da cidadã colombiana agredida no domingo, no Porto, por
um segurança da Empresa 2045, que trabalhava para o Serviço de Transportes
Coletivos do Porto (STCP). A jovem Nicol Quinayas, de 21 anos, levou socos no
rosto e safanões, denotando o ataque racista. Ela foi impedida de entrar no
ônibus.
O ato de selvageria aconteceu no domingo à noite, durante as festas de
São João, por um segurança quando Nicol se
preparava para entrar no ônibus com as amigas. A colombiana conta que foi alvo
de insultos racistas e a mãe da vítima, Angela Quinayas, denunciou à polícia.
Nicol relata racismo dos portugueses |
"O
segurança nem pediu o bilhete, simplesmente agarrou-a pelo braço e disse-lhe
que ali não entrava", explicou a mãe de Nicol, Angela Quinayas, à imprensa.
Segundo
Nicol, o homem teria dito que ela devia regressar para a sua "terra".
Durante a entrevista, a mãe revelou ainda que a filha tem sido vítima de
discriminação racial desde que foi viver em Portugal há três anos.
"Temos
ficado em silêncio por medo, mas depois do que aconteceu não vamos manter a
mesma atitude", enfatizou Angela.
Com hematomas pelo rosto, devido as
agressões, Nicol prestou queixa à polícia e mostrava-se indignada com o
preconceitos dos portugueses contra os colombianos. “A minha alegria e de
minhas amigas incomodou o segurança. Ele me olhava com ódio e me agrediu covardemente”,
disse a garota.
Em nota enviada a imprensa, o Ministério da Administração
Interna (MAI) diz que o ministro Eduardo Cabrita "não tolerará fenômenos
de violência nem manifestações racista ou xenofóbicas em Portugal”.
Depois de
Nicol Quinayas, nascida na Colômbia, ter sido violentamente agredida e
insultada na madrugada de domingo, no Porto, por um segurança da empresa 2045 a
exercer funções de fiscalização para a empresa STCP, vários partidos políticos condenaram a agressão e exigem explicações do Governo.
Walther Alvarenga
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