Sistema de inteligência artificial nas fronteiras em vigor em 2019 |
O IBORDERCRTL irá favorecer o controle de entrada nos países da UE
Fadada
ao estigma da invasão ilegal de refugiados, a União Europeia prepara um acervo
infalível para combater a entrada de terroristas e imigrantes oriundos de
países africanos – estima-se que 700 milhões de pessoas entram anualmente na UE.
Para isso, foi criado o IBORDERCRTL, que se utilizou de inteligência artificial
e outras tecnologias.
Trata-se de um “detector de mentiras”, que tem colocado pressão
nos processos de segurança fronteiriço. O IBORDERCRTL, segundo autoridades da
Europa, é de extrema eficácia, e irá favorecer no controle de entrada nos
países da UE.
Haverá controle nos aeroportos da Europa |
O IBORDERCTRL, como é apelidado, é um sistema que
recolhe dados biométricos e marcadores de engano nas pessoas. Numa primeira
etapa os utilizadores vão aceder a um sistema online onde terão de fazer o
upload do passaporte, do visto de entrada e de outros documentos que possam ser
necessários.
Depois vai surgir no ecrã do computador ou smartphone um guarda
virtual que vai fazer perguntas ao viajante. As respostas vão ser analisadas
através da webcam dos equipamentos e o sistema IBORDERCRTL vai analisar micro
expressões para tentar encontrar sinais de mentira.
Esta primeira análise vai
ajudar a fazer uma primeira classificação da pessoa. Já na fronteira – do
aeroporto, por exemplo -, os guardas vão ter um equipamento nas suas mãos com o
qual vão poder fazer uma comparação da cara da pessoa e dos documentos da
pessoa em relação às informação que foram submetidas anteriormente.
Mais alguns
dados biométricos serão recolhidos, como as impressões digitais, leitura do
fluxo sanguíneo nas veias dos braços e análise facial, para que seja atribuído
um grau de risco ao viajante. Se for de baixo risco, então passará por um
processo de segurança menos exigente. Se o sistema declarar que o risco é
elevado, o processo de segurança será mais exigente.
O projeto tem um custo de 4,5 milhões de euros, totalmente financiados
pelo programa Horizonte 2020, e vai estar em testes até agosto de 2019. Além
dos países já referidos, também fazem parte do consórcio de desenvolvimento
Luxemburgo, Chipre, Reino Unido, Polónia, Espanha e Alemanha.
Walther Alvarenga
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