Jovens aproveitaram o Natal para fugir de barco do Irã |
“Prefiro
morrer no mar do que voltar para o Irã”, fala professor.
Um número crescente de imigrantes
iranianos está tentando fazer a travessia para Dover - seja qual for o risco –
na tentativa desenfreada de deixar o país. O regime punitivo e autoritário
impulsionam a debandada de rapazes em busca de vida nova, “com liberdade”.
“Nós
não conseguimos seguir em frente. Não faço ideia do porquê ”, disse
Mohsen, 33 anos, após tentativa frustrada. Até recentemente era professor de Teerã. Ele alega que a
falta de perspectiva tem acionado o alarme de fuga.
Acompanhado de mais três amigos,
Mohsen ainda tenta conseguir escapar em um outro barco e confessa que: “Prefiro morrer no mar do que voltar para o Irã”.
Outro grupo de
iranianos aproveitou o Natal e tentou fugir de barco, mas a tentativa foi interrompida. O jovem que alegava saber pilotar o barco não conseguiu.
“Ficamos
encalhados à deriva. Foi um pesadelo, pois todos queriam sair do regime do Irã
que sufoca e tira a oportunidade dos mais jovens”, conta rapaz iraniano.
“Nós tínhamos
alguém conosco que deveria saber sobre motores, mas ele não sabia. Nós levamos
o barco de volta para a praia e o escondemos”, acrescenta.
No
início do dia de Natal, outros seis jovens iranianos levaram um bote inflável
até o mar perto de Calais, com a intenção de cruzar o Canal da Mancha até
Dover. Eles subiram e um puxou uma corda para ligar o motor. Nada
aconteceu. Voltaram.
Eles, os
jovens do Irã estão se refugiando em um acampamento migratório improvisado em
Calais, na França.
Walther Alvarenga
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