Em plena campanha na
Alemanha é favorita ao quarto mandato
A chanceler alemã Angela
Merkel, que está em plena campanha eleitoral na Alemanha - ela é favorita para vencer o quarto mandato no
pleito que acontece no próximo mês -, subiu o tom e manda recado autoritário para
o Presidente Donald Trump: “A América não pode ser um ótimo país se ignorar o
resto do mundo. Os Estados Unidos precisam olhar o mundo além de suas fronteira”,
alfineta.
A candidata à primeira-
ministra da Alemanha se referiu à intransigência do presidente republicano, com
quem teve desentendimentos no passado em relação aos pontos de vista de Trump
sobre comércio e mudanças climáticas. Merkel considerou a atitude de Donald
Trump agressiva na sua decisão de retirar os EUA do acordo climático de Paris e
expressou: "extremamente lamentável".
Cartaz de campanha de Angela Merkel na Alemanha |
Disse em tom de
austeridade que deixou evidente a Donald Trump, quando no encontro com o
republicano, de que não permitiria que a Alemanha entrasse no conflito entre
EUA e Coreia do Norte: “Deixei claro ao Sr. Trump que Alemanha não planejava
seguir os Estados Unidos cegamente em uma guerra com a Coréia do Norte”,
argumenta Merkel.
Em contrapartida, Angela Merkel reconheceu
o empenho de Trump em defender os EUA : "Ele ganhou uma campanha difícil. Não
importa a minha opinião sobre ele, ele merece respeito”, pondera.
"Não se trata de sermos
amigos ou de estarmos em família”, continua Angela Merkel. "Cada um de nós
representa os interesses dos nossos países e dos nossos cidadãos e temos que
tentar tanto quanto podemos para promover esses interesses".
O maior adversário de
Merkel é Martin Schulz, antigo presidente do Parlamento Europeu. O também candidato
ao cargo de primeiro-ministro da Alemanha, ao tomar conhecimento da entrevista
de Angela Merkel para o jornal de negócios Handelsblatt , fez duras críticas:
Martin Schulz, principal adversário, critica entrevista de Merkel. |
“A senhora Merkel não tem uma
posição suficientemente forte sobre o senhor Trump, portanto, não deve falar em
nome da Alemanha”, esbravejou.
Schulz criticou o "fracasso" da
Europa por denunciar os comentários de Trump sobre os tumultos de
Charlottesville. "É uma violência racista, de extrema direita e que exige
resistência determinada e contundente, independentemente de onde no mundo apareça".
Walther Alvarenga
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