Um mundo particular, e tudo a volta torna-se insignificante. |
Em qualquer parte desse planeta lá estão eles,
sempre calados.
Os jovens e adolescentes parecem não se importar com
o som nosso de cada dia. Eles não ouvem nada além do que lhes interessa,
caminhando pelas ruas, entrando nos elevadores, chegando às escolas, enfim, “protegidos”
com fones de ouvido. Ouve a música que lhe é conveniente e ponto final.
Tornou-se comum a cena sucessiva – individualista - entre
os bilhares de cidadãos em qualquer parte desse planeta, que seguem para algum lugar,
portando o inseparável “amigo” - fones de ouvido. São indiferentes a tudo e a
todos, uma espécie de: “que se dane o mundo”, ou “nada do lado de fora, além
dos meus ouvidos, interessa”.
A era do individualismo está consolidada. O diálogo
agora é apenas digital – pelo WhatsApp - , onde se “paquera”,
termina e recomeça o namoro, envia nudez, enfim, a praticidade na ponta dos
dedos. Com isso, o som da voz humana vai se silenciando. Os tempos da mecanização
estão robotizando os jovens e adolescentes.
As redes sociais ganharam espaço privilegiado e o
imediatismo dos acontecimentos é surpreendente. Se, por exemplo, o Presidente Donald
Trump ficar de cuecas na sacada da Casa Branca, em poucas horas o mundo saberá
desse lamentável e indesejado episódio.
A nova realidade na ponta dos dedos |
A velocidade dos acontecimentos, o desinteresse de
jovens e adolescentes à realidade ao redor desencadeia o que se pode
considerar, “a degola do bom senso”. Falta de paciência. E não há mais o interesse
de ouvir o que o outro tem a dizer. Os pais e os professores, acredite,
encabeçam a lista do “fica pra depois”.
E se você cruzar com algum jovem ou adolescente,
introspectivo, com cara de “não tô nem aí”, munido de fones de ouvido, lembre-se:
se precisar pedir algum tipo de informação melhor acenar, exageradamente, para
que ele o veja.
Não tente tocar o seu braço ou ombro porque ele levará um “baita”
susto, retirará o fones de ouvido com cara de militante do Bin Laden, e você
poderá ser alvejado de alguma forma – com palavras, evidente.
Aos "velhos" companheiros que não se esqueçam: a era
digital colocou uma lacuna esfuziante entre os seres pensantes desse nosso planeta
Terra. E nada será como antes. Melhor aceitar as novas regras do admirável
mundo novo. Bem-vindo!
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