Tráfico internacional de armas trouxe mais de mil fuzis para o Brasil |
Ministério Público Federal denuncia armas no Galeão
Segundo denúncias do Ministério Público Federal (MPF) no Rio
de Janeiro, nesta quarta-feira, o tráfico internacional de armas teria trazido
para o Brasil 1043 fuzis, desde 2014, encontrados no Terminal de Cargas do Aeroporto
do Rio de Janeiro (Galeão). Mas como isso foi possível? A incoerência é que quando
você chega ao país, vindo do exterior, não pode ultrapassar a cota de US$ 500,00.
E se o passageiro traz um tapete especial,
perfumes ou eletrônico, é uma novela na Alfândega. Tem de controlar o estresse,
caso contrário à situação pode se agravar para o lado mais fraco, evidente.
Então fuzis passam pelo Terminal de Cargas
e o sujeito que chega ao Brasil trazendo um presente especial para a família –
perfume, laptop, um anel – tem de se submeter a uma sessão de averiguações?
Entre 2014 e 2017, segundo denúncia, os
acusados importaram armas ilegalmente 75 vezes. Fuzis, carregadores e munições
eram disfarçados nas declarações de importação como aquecedores e bombas de
água. Os objetos eram trazidos de Miami, nos Estados Unidos.
Terminal de Cargas do Aeroporto Galeão no Rio |
Estimam as autoridades que, durante
três anos, quase 300.000 munições e cerca de 1.000 fuzis com carregadores
tenham sido trazidos para o Brasil pela quadrilha. As armas eram compradas por
valores entre US$2,5 mil e US$3,5 mil (aproximadamente entre R$7,8
mil e R$10,9 mil na cotação atual) e vendidas por entre R$37,5 mil e R$53
mil.
Segundo as investigações, a quadrilha,
chefiada por Frederik Barbieri, que tem dupla nacionalidade (brasileira e
americana), sua esposa Ana Cláudia Santos e seu filho João Filipe Cordeiro
Barbieri, distribuía armas a facções criminosas do Rio de Janeiro.
Walther Alvarenga
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