Helicóptero que conduzia o presidenciável Eduardo Campos explodiu 
Texto escrito postado em 16 agosto 2014

Eu não sei como dizer isso, mas não há como evitar. Impossível se calar. É como ver o pássaro despencar das alturas, com o peito ferido, as penas manchadas de sangue, pois o tiro certeiro interrompeu o percurso e destruiu o voo de liberdade.

 As nuvens escureceram e o pulsar do coração estagnou a alegria, então choro dos que acreditavam na luz no fim do túnel ecoou pelos quatro cantos do país. São os desígnios de Deus, mas por qual motivo tombam aqueles que podem mudar a história?

Os tempos são difíceis na era da desumanização e assistimos emudecidos aos golpes desferidos contra o bom senso. É covardia do destino ou a putrefação do justo? Nunca o vi pessoalmente, mas ouvi alguns de seus projetos e intuí existir um caminho de luz em meio à obscuridade da ganância, da trapaça e da maleficência de alguns poderosos.

Era isso que estava faltando – pensei – alguém realmente verdadeiro! A história fala de grandes homens que ajudaram o mundo e a humanidade a realizar sonhos e a atingir melhores níveis de qualidade de vida e que esses seres surgem repentinamente, nos surpreendem e desaparecem deixando o seu legado.

Eduardo Campos morreu a bordo de um jato, ficando um rastro de fogo no céu. Um homem bom, que alegou jamais desistir da sua gente. Um exemplo em família. Entretanto, a lança afiada dilacerou a trilha que nos levaria ao grande caminho.

 A esperança é a mola propulsora da vida. Ajuda a ver o sol apesar das nuvens densas. Ensina a crer em outro dia, mesmo que, do ponto de vista humano, tudo pareça acabado. Há de se prevalecer a Justiça!


Walther Alvarenga

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