Obama rompe silencio e condena racismo e a violência nos EUA
O ex-presidente usou citação de Mandela para se manifestar
O ex-presidente Barck Obama que se mantinha em silencio diante das
provocações e o ressurgimento acirrado do racismo nos EUA, contra negros,
imigrantes – mexicanos -, e muçulmanos. Ele resolveu botar a boca no trombone.
Em declarações postadas em seu Twitter, Obama condenou
o ato de selvageria durante o confronto entre supremacistas brancos e grupo
antirracial na cidade de Charlottesville, na Virgínia no fim de semana. Três
pessoas morreram e muitos ficaram feridos.
"Ninguém nasce para odiar outra pessoas devido à cor da sua pele, o
seu passado ou a sua religião. As pessoas aprendem a odiar e, se podem aprender
a odiar podem aprender a amar, porque o amor é mais natural no coração humano
do que o seu oposto", dizia publicação.
Esta citação de Barack Obama foi retirada da autobiografia do livro de
Mandela, “Um Longo Caminho Para a Liberdade”, que demonstra o quanto o
ex-presidente está ressentido com a onda de ataques racistas que cresce
desordenadamente em solo americano.
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Obama se emocionou quando soube das mortes em Charlottesville |
Segundo o ex-presidente, os negros já sofreram em demasia nos EUA, nos
anos de intolerância e humilhação, quando ficavam nos bancos de trás dos
coletivos, e não tinham o direito de usar o mesmo banheiro do americano loiro,
de olhos azuis.
São tempos difíceis, considera Obama, com o domínio da supremacia branca
nos EUA que se fortalece mediante aos discursos inflamados, intolerantes e
preconceituosos de Donald Trump. Ele – o
republicano -hostiliza a tudo e a todos, se colocando acima do bem e do mal.
O silencio de Obama, para os americanos negros, era preocupante. Eles
queriam ouvir do ex-presidente uma avaliação sobre os percalços no país, desde
que Donald Trump assumiu a presidência em janeiro de 2017, abrindo caminhos
para uma era sombria, xenofóbica e de medo.
Walther Alvarenga
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