Rússia irá enviar pessoas mortas ao espaço
100 cadáveres já
congelados devem ir para o espaço este ano
Pode parecer estranho, no mínimo
mórbido, mas os avanços da tecnologia permitem que o corpo da pessoa
morta seja congelado através da técnica criobiologia – mantém o corpo humano
congelado por décadas para ressuscitá-los
um dia.
E por incrível – ou
absurdo – que isso possa parecer, existem vários corpos já congelados – cerca
de 100 corpos -, e que serão ressuscitados daqui a 30 ou 50 anos. As pessoas
congeladas depois da morte esperam por vida nova no futuro.
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Corpos humanos serão enviados ao espaço |
“Satélites com criocápsulas – corpos
humanos congelados - serão lançados em órbita por foguetes russos”, disse a
diretora-geral da Space Technologies, Iúlia Arkhípova. Os procedimentos
poderão ocorrer ainda este ano. As criocápsulas estarão apenas circulando em
órbita, segundo Arkhípova.
Isso já dá certo com
embriões: óvulos fecundados podem ficar na “geladeira” com chances boas de
sobreviver a um descongelamento – estima-se que perto de 60% deles conseguem
vingar, dando origem a um bebê.
Por isso, os diretores
da empresa KrioRus acreditam que esse processo
ainda vai funcionar com seres humanos inteiros. Até agora, cerca de 100 pessoas
já foram congeladas depois da morte.
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Procedimento sofisticado custa em média 250 mil dólares |
Apenas os Estados Unidos e a Rússia
mantêm instalações criogênicas no mundo. Desde 2005, a KrioRus congelou os
corpos e cérebros de 54 pessoas, oito cachorros, nove gatos, três pássaros e
uma chinchila de estimação.
A Space Technologies foi registrada em
2006 e não tem foguetes próprios ou veículos de lançamento. A empresa não
implementou ainda um único projeto espacial, mas já anunciou planos ambiciosos,
como a criação do primeiro cosmódromo russo privado e uma nova estação orbital,
a MIR-2.
Os preços da KrioRus para conservar um
corpo no espaço são a partir de 250 mil dólares. A Space Technologies ainda não
revela os custos para lançar um corpo em órbita.
Walther Alvarenga
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