A senadora Pauline Hanson vestiu burca em ato de protesto |
Ativista anti-imigração veste burca no Senado: "coisa horrível"
A senadora
australiana Pauline Hanson, líder do partido One Nation - uma ativista anti-imigração
-, causou indignação no Parlamento quando entrou vestida com uma burca como
parte de sua campanha para proibir o vestido islâmico.
Radical ao extremo, ela ataca
os muçulmanos e alerta o país sobre o perigo iminente pela “invasão de
muçulmanos”.
Hanson convocou o advogado-geral do Senado, George
Brandis, e exigiu a proibição imediata da burca na Austrália. Dirigindo-se a
George, Hanson o indagou: "À luz da segurança nacional deste país você
trabalhará para proibir a burca na Austrália?"
A senadora justificou o seu ato
insolente de usar a burca no Parlamento, alegando que, "Para ridicularizar
essa comunidade, levá-la a uma esquina e ser zombada por usar essas roupas
religiosas que é uma coisa terrível”, disparou.
Os seguidores da Senadora Hanson
a elogiaram por "mostrar liderança e pulso firme”, que muitas vezes,
segundo os seguidores, faltam no parlamento.
Senadora quer proibir burca na Austrália |
O deputado trabalhista, Sam
Dastyari, condenou a tentativa da senadora Hanson, declarando que era uma
"desgraça" e o Senado se transformara em "circo".
Na sequência, depois de receber
críticas, a senadora Hanson divulgou uma declaração: "este foi um debate
que estava acontecendo em todo o mundo e a Austrália não conseguiu se esconder
de uma conversa difícil por medo de causar ofensa".
Hanson afirmou mais tarde que usar
uma burca na Câmara, era "realmente horrível" e
"desconfortável". Ela acrescentou: "Eu simplesmente me senti vetada
do resto do mundo".
Walther Alvarenga
Postar um comentário