A situação é dramática e fogo se alastra com rapidez
Famílias são retiradas das áreas consumidas pelas chamas
Incêndio devastador em Portugal volta assombrar os moradores. A situação é caótica. O incêndio que se alastra desde as três horas da tarde deste sábado vem consumindo a localidade de Carvalhal, na União de Freguesias da Serra e Junceira, lesando famílias na região. 
Autoridades locais esperam apoio de outros países europeus no combate aos incêndios que se intensificaram neste domingo. As elevadas temperaturas e o vento forte provocaram o reacendimento de vários incêndios este sábado em Cantanhede, Mealhada, Alvaiázere e Ferreira do Zêzere. Seis bombeiros ficaram feridos no combate às chamas em Abrantes.
O governo português decidiu acionar o mecanismo europeu de Proteção Civil, devido ao agravamento da situação. A medida foi confirmada pela ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, durante reunião na noite deste sábado no comando da Proteção Civil, em Carnaxide, onde falou da situação dos incêndios.
Portugal pede ajuda a países vizinhos devido gravidade dos incêndios
Constança Urbano espera que os meios disponibilizados pelos parceiros europeus possam estar no terreno já neste domingo, e garante que a decisão foi tomada por "uma questão de prudência", tendo em conta as previsões meteorológicas adversas para os próximos dias.
Em declarações à agência Lusa, a ministra reconheceu ainda que a situação "não está fácil", porque têm surgido muitos focos de incêndio, alguns de grande dimensão.
O "Mecanismo Europeu de Proteção Civil" é um mecanismo comunitário criado para facilitar a cooperação no quadro de intervenções de socorro da Proteção Civil, para situações de emergência. O mecanismo foi acionado durante o incêndio de junho em Pedrogão Grande.

O incêndio de Ferreira do Zêzere, distrito de Santarém, que tinha sido dado como dominado, reativou-se durante à tarde deste sábado, sendo que o fogo entrou na localidade de Beco, informou o presidente da Câmara Municipal, Jacinto Lopes.
O incêndio "está se propagando com grande velocidade", indo em direção ao município vizinho de Ferreira do Zêzere, no distrito de Santarém. "A nossa preocupação é que o fogo, devido ao vento, inverta a direção e regresse para a zona de Cabaços, como aconteceu há cerca de dez anos", teme Jacinto.
Cerca de 600 militares e 116 viaturas estão ajudando no combate aos incêndios, em missões de apoio à Proteção Civil, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e diversos municípios, anunciou o Exército.
Já a Marinha enviou cerca de 100 militares para ajudar no combate aos incêndios em Alvaiázere, no distrito de Leiria, e em Nelas, distrito de Viseu.

Walther Alvarenga


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