Povo alemão aposta da segurança e no pulso firme de Angela Merkel |
Em contrapartida, a
ascensão do partido xenófobo AFD foi surpresa
Angela Merkel vence
as eleições na Alemanha e terá mais quatro anos à frente do poder. O partido da
chanceler alemã venceu as eleições pela quarta vez consecutiva e por uma
folgada maioria, segundo as primeiras pesquisas após o fechamento das urnas. A
União Cristã-Democrata (CDU) teria obtido 32,5% dos votos, segundo os dados
preliminares.
Em contrapartida, o
partido de extrema-direita entrará no Parlamento pela primeira vez, o Alternativa
pela Alemanha (AFD) que conquistou 13,5% dos votos, segundo as pesquisas. O
povo não gostou e saiu às ruas em protesto.
Segundo analistas
políticos, o AFD é xenófobo, contra imigrantes no país, e abomina refugiados.
Radicalismos à
parte, os alemães votaram pelo continuísmo e pela estabilidade representados na
visão de muitos pela chanceler, Angela Merkel, que já acumula 12 anos à frente
do Governo do país.
Merkel e seu partido saem fortalecidos das eleições |
Para grande parte
da população, ela significa a estabilidade, em um mundo convulsionado ocupado
por Donald Trump, Erdogan e Kim Jong-un.Também representa a assertividade
e a firmeza necessárias para fazer frente às ameaças internacionais.
Além disso, Merkel
é, para seus eleitores, a artífice de um período econômico que, apesar da
enorme desigualdade existente no país e dos prejuízos causados no exterior por
sua política comercial, promoveu níveis elevados de bem-estar para milhões de
cidadãos alemães.
A Alemanha é também
um caso extraordinário porque a ascensão da extrema-direita ocorre num contexto
de bonança com poucos precedentes históricos.
No caso do AFD, o
protesto nasce principalmente da rejeição a uma sociedade que se tornou
culturalmente menos homogênea.
Seus eleitores repetem que não querem que a
Alemanha deixe de ser o que era, com suas tradições e sua cultura.
A chegada de 1,3
milhão de refugiados nos últimos dois anos foi o grande cavalo de batalha do AFD
nesta campanha.
O partido se
orgulhou de vincular a criminalidade com a imigração e o asilo, exacerbando o
sentimento de identidade nacional.
A decisão de abrir
as portas aos refugiados corresponde unicamente a Angela Merkel, em quem a
maioria dos alemães, contudo, voltou a depositar sua confiança depois do
endurecimento de suas políticas e retórica migratórias nos últimos meses.
Walther Alvarenga
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