Jogadores do Baltimore Ravens se ajoelharam durante o hino |
Jogadores se
ajoelham em protesto à violência racial nos EUA
Depois de atacar
atletas do futebol americano em seu discurso, Donald Trump abriu guerra contra
os astros negros do esporte nos EUA, que se ajoelham durante a execução do
hino, antes dos jogos, em protesto à violência racial no país.
Não satisfeito com
o clima de insatisfação que causou no mundo esportivo, Trump colocou mais lenha
na fogueira ao pedir um boicote à Liga de Futebol Americano (NFL), para os
donos dos clubes que se ajoelham durante a execução do hino, antes de cada
partida.
O gesto de ajoelhar-se
durante o hino tem sido repetido em todas as partidas, pelos atletas negros, em
protesto à violência racial nos EUA.
Atletas do Jacksonville Jaguars se ajoelharam |
O desafio do
presidente tuiteiro bateu de frente com a união dos times e seus jogadores. “Se
os seguidores da NFL se recusarem a ir aos jogos enquanto os jogadores
desrespeitarem nossa bandeira e nosso país, vocês verão uma mudança rápida.
Demitam ou suspendam os jogadores”, atacou Trump.
Meia hora depois, o
presidente retomou o assunto: “O público nos estádios e a audiência da NFL
estão muito baixos. Jogos chatos, sim, mas também muitos não vão porque amam
nosso país.” O republicano não forneceu nenhum tipo de evidência para embasar a
informação.
O treinador dos
Baltimore Ravens, John Harbaugh, e seus jogadores deram aos mãos em sinal de
protesto antes do jogo deste domingo. O dono dos Jacksonville Jaguars
compareceu ao gramado para escutar o hino com seus atletas.
Jogador branco se solidariza contra violência racial no país |
Muitos deles se ajoelharam. A NFL ia exibir um anúncio na TV durante os jogos da jornada deste
domingo para “demonstrar o poder que o futebol americano tem de unir as
pessoas”.
A polêmica começou
na sexta-feira durante um discurso, quando o próprio Trump chamou de “filho da
puta” Colin Kaepernick, um jogador afro- americano da NFL que há um ano começou
a se ajoelhar ao ouvir o hino nas partidas em sinal de protesto pela violência
policial contra os negros nos Estados Unidos.
Walther Alvarenga
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