O Brasil perde a sua juventude para os EUA |
Poucos observam, mas a realidade é evidente aos
nossos olhos.
A festa do Brazilian Day que acontece neste domingo
em Nova York – na Sexta Avenida – onde é esperada 1,5 milhão de pessoas –
incluindo comunidades de outros países, e mesmo americanos -, é uma celebração
tradicional no primeiro domingo do mês de setembro, alusivo ao Dia da
Independência do Brasil. Mas pode-se observar o evento por outro ângulo. Diria,
na ótica do bom senso. Explico.
Fui ao Brazilian Day a trabalho - fazer reportagens -,
há alguns anos. E caminhando por entre os brasileiros, cumprindo com o meu
papel de informar, a lucidez de uma realidade até então obscura, apagada pela
alegria do momento, ressurgiu das cinzas. A situação evidente estava bem ali, a
um passo do nariz. Bastava enxerga-la.
Em meio ao clima contagiante, de sorrisos, beijos e
abraços, o que se pode observar é o quanto o Brasil perdeu mão de obra
importante para os EUA. Pessoas capacitadas, profissionalmente falando,
principalmente jovens, que imigraram pela falta de segurança e perspectiva em
nosso país.
O número de jovens residentes nos EUA, em sua
maioria com formação acadêmica, impressiona. Você se depara com médicos
recém-formados, engenheiros, advogados e assim sucessivamente. Há um
contingente de profissionais que poderiam estar contribuindo com o Brasil. E
como eles nos fazem falta.
E deparar-se com tantos meninos e meninas, vestindo
a camisa verde amarela, mas com os seus sonhos bem longe do Brasil, é no mínimo
frustrante. Jovens que perderam as esperanças, mediante a politicagem rasteira,
que todos têm consciência.
Respeito o meu país, mas diante a isso, infelizmente,
dou o braço a torcer quando fomos insultados pelo então porta-voz do ministério
das relações exteriores de Israel, Yigal Palmor, ao dizer que: “o Brasil é um
anão diplomático”.
Falta diplomacia do nosso governo para lidar com os
jovens, de proporcionar a eles a oportunidade que vão buscar fora do país. Há o
desrespeito com o cidadão brasileiro de uma forma geral, a última carta do
baralho.
O discurso inflamado do cantor Fábio Jr. |
Vale lembrar a revolta do cantor Fábio Jr. durante
sua apresentação no Brazilian Day, quando ele “rasgou o verbo” e disse aos
brasileiros o que eles precisavam saber. Fez discurso em que chamou de “desordem e roubalheira” o governo do Brasil.
"O que está escrito na nossa
bandeira? Ordem e progresso. E vocês sabem o que está acontecendo no Brasil?
Desordem e roubalheira, uma quadrilha. Eu tenho o maior orgulho de vestir essa
bandeira", enfatizou o cantor, enrolado em uma bandeira do Brasil.
Walther Alvarenga
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