Ednei, feliz, ao lado dos filhos e esposa em Orlando. |
Ednei,
que foi deportado da Flórida, comove a comunidade brasileira.
Um
dos maiores desafios para o imigrante brasileiro no exterior é a família. Ficar
longe de esposa, dos filhos e de demais parentes é uma penitência, digamos
assim, diante de um mundo novo, de cultura diferenciada.
Agora, quando a
família segue junta para experimentar os desafios nos EUA, por exemplo, a
situação é amena, pois, todos unidos – em uma mesma cidade – a
probabilidade da conquista é bem melhor.
Esse
foi o caso da família do paulistano Ednei Rodrigues Lima, de 42 anos, da esposa
Pamela Rodrigues Lima, 32 anos, e os três filhos, Ryan, Lorenzzo e Benjamim,
que foram pegos de surpresa pela fatalidade do destino. Eles foram separados
repentinamente, depois de estarem residindo em Orlando, na Flórida, com a
deportação do chefe da família: Ednei Rodrigues.
Desesperado,
no Brasil, e há seis meses impedido de ver e de se comunicar com os filhos, em
Orlando, Ednei faz um apelo desesperado: “Me ajudem por favor!”.
Entenda
o caso -
Ednei e sua família moravam em Guarulhos – SP – quando decidiriam viver nos
EUA. Em março de 2015 partiram em busca do sonho, de uma vida melhor, superando
os desapegos. A nova vida começou na cidade de Orlando. Na ocasião a esposa
ficou grávida e Benjamim nasceu em solo americano.
Tudo
estava indo muito bem para a família de Ednei nos EUA, mas, no dia 15 de
março deste ano o imprevisto aconteceu: quando estava indo para o trabalho,
seguindo com seu carro por uma rodovia na Flórida, Ednei foi abordado pela
polícia.
Foi
quando verificaram que sua a permanência nos EUA tinha vencido, então Ednei foi
preso e levado para uma centro de detenção por agentes do ICE - Immigration And
Customs Enforcement.
Esposa
de Ednei não tinha o que fazer. Ele permaneceu detido no The Broward
Transitional Center (BTC), situado na cidade de Pompano Beach (FL), até a
decisão judicial de deportação para Brasil, que ocorreu no mês de maio.
Em
entrevista ao Brazilian Times, Ednei revela que quando estava na detenção
falava por telefone diariamente com a esposa. “Nós falávamos todos os dias”,
conta. O combinado era que assim que ele chegasse ao Brasil, a esposa e os três
filhos também retornariam ao país, mas não foi o que aconteceu.
“A
última vez que conversamos ela disse que não queria voltar para o Brasil por
causa da crise e falou para irmos para o Canadá. Eu disse que iria, mas que
primeiro ela teria que vir para o Brasil com os meus filhos para minha mãe
poder ver os netos, aí sim poderíamos ir para o Canadá”.
“Estava
tudo certo para eles voltarem para o Brasil, até o dia que o meu filho me
contou que eles já tinham se mudado de casa e que minha esposa tinha falado
para o meu filho que eles não voltariam para o Brasil”, desabafa.
Walther Alvarenga
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