Neymar é hostilizado por colegas de equipe. Está insatisfeito.
O clima é tenso nos bastidores do clube francês. Neymar está irado.

Nem tudo foi festa e realização na transferência de Neymar para o time do PSG. O inesperado vem acontecendo em campo, desde que o brasileiro chegou. Há um clima de hostilidade contra Neymar que está isolado, e a briga com Edinson Cavani para cobrar os pênaltis é uma pedra no sapato do todo poderoso dono da equipe, o empresário e presidente do PSG Nasser Al-Khelaifi.

E a conversa nos vestiários do PSG é de que Cavani continua irritado e incomodado com Neymar. Todos os integrantes do plantel se sentiram tratados como mercadoria em troca de abrir espaço para Neymar. Nos vestiários pairava a pergunta: “Quem ele acha que é? Messi?”. À frente dos indignados, estava Cavani.

Cavani não abre mão da cobrança dos pênaltis. E agora?
O presidente do PSG enviou semana passada um intermediário para oferecer dinheiro a Cavani, o maior goleador da equipe, em troca de renunciar a cobrar os pênaltis em favor de Neymar.

A proposta consistia em melhorar seu contrato, no item em que o clube se comprometia a lhe pagar um bônus de um milhão de euros (3,7 milhões de reais) mesmo que não marcasse gols.

O dirigente esperava assim pacificar um vestiário em polvorosa, que evidencia uma crise toda vez que Neymar e Cavani brigam para cobrar os pênaltis. A tentativa foi em vão. A resposta de Cavani foi taxativa. Disse que não estava interessado em dinheiro.

Se o clube quisesse lhe pagar mais, não se oporia, mas continuaria batendo os pênaltis, pois estava a quatro anos jogando pelo PSG, era o terceiro capitão, e tinha conquistado sua dignidade dessa forma.


Al-Khelaifi, segundo fontes próximas ao PSG, também enviou emissários para sondar Neymar. Com bajulação, foi convidado a esquecer os pênaltis.

Disseram- lhe que era um jogador completo e sugeriram-lhe que o rei da equipe deveria agir com superioridade, cedendo à graça do tiro penal ao nove – Cavani -, que vive de gols. Neymar não entendeu a lógica.

Neymar questiona a resposta de Cavani, de não abrir mão da cobrança de pênaltis, criando um clima de tensão sem precedentes no clube francês.

Presidente do PSG, Al-Khelaifi, pede para Neymar ignorar os pênaltis.
O presidente Al-Khelaifi, o técnico Unai Emery, o diretor esportivo Antero Henrique e os capitães Thiago Silva  e Thiago Motta fizeram o possível para aproximar as partes. Quando lhe anunciaram a decisão inflexível de Cavani, a reação de Neymar foi irada.

Na quinta-feira, dia 21 de setembro, alegou dor no pé e Emery não o relacionou para jogar no sábado em Montpellier. O PSG fez sua pior partida da temporada e empatou em 0 a 0.

Um mês depois de ficar em Paris, Neymar só parece feliz quando se diverte com seus amigos, o atacante parece que não está à vontade. Jogadores e agentes próximos ao clube parisiense garantem que a estrela brasileira descobriu resistências inesperadas.

A hostilidade explícita de Cavani é só a expressão da sensação generalizada de seus colegas, especialmente os veteranos.


Walther Alvarenga

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