O projeto vem sendo aderido e várias vovós já tem um emprego |
A tarefa ajuda a manter idosos ocupados e remunerados
Você imaginou os seus
filhos terem avós de aluguel? Não? Esse é um novo serviço lançado em Moscou, na
Rússia, para ajudar idosos a conseguir uma fonte de renda extra enquanto
preenchem o tempo livre na aposentadoria.
A meta é que famílias
encontrem vovôs e vovós postiças para passarem algumas horas com seus filhos –
já que no país é tradição os avós cuidarem dos netos.
Vovôs russos foram requisitados por famílias em Moscou |
Os vovôs e vovós
contratados levariam as crianças à escola, também ajudariam com os deveres da
escola e podem até contar suas histórias.
O projeto já está em
operação em Moscou e arredores e tem apoio de organizações como a Agência Russa
para Iniciativas Estratégicas e o Fundo de Desenvolvimento de Iniciativas de
Internet.
“Tive esta ideia quando estava escrevendo minha tese de doutorado em
Barcelona. Então, eu pesquisava como a interação ocupacional e entre gerações
influencia as funções cognitivas entre as pessoas mais velhas”, relata Natalia
Linkova, cofundadora do “Vovô e vovó por uma hora”.
Com uma média de
preço de 250 rublos (R$ 12) por hora (o período mínimo é de três horas), o
serviço trabalha atualmente com mais de 1.500 vovós e vovôs em Moscou e seus
arredores.
Vovós de aluguel fazem de tudo para agradar os "netinhos" |
Segundo Linkova, a
maior parte deles é parte da intelectualidade: 27% dos candidatos têm
experiência acadêmica e quase 70% têm formação superior – por vezes, até dois
ou três diplomas e um histórico de carreira exemplar.
O projeto tem até um
programa educacional para ensinar pessoas acima dos 45 anos a se comunicarem
com crianças e pais, reagir em situações de conflito e prover primeiros
socorros, assegurar a segurança da criança fora de casa e entretê-la em casa.
Um curso similar é
oferecido para enfermeiras potenciais. Além de olhar as crianças, o serviço
oferece ajuda especializada para aqueles que requerem cuidados especiais – isso
ajuda a encontrar enfermeiras treinadas a cuidar de parentes mais velhos e pacientes
acamados. Uma boa ideia para o Brasil. Por que não?
Walther Alvarenga
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