Carro de Daphne Caruana ficou completamente destruido
Assassinato de Daphne Caruana Galizia deixa imprensa em alerta

A jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia, estava realizando um trabalho investigativo minucioso, que envolve o Governo de Malta nos chamados Panamá Papers, no maior escândalo internacional do país. Determinada, ela não poupou esforços em denúncias gravíssimas, mas encontrou a morte, quando o seu carro explodiu na segunda-feira.

Foi uma morte encomendada, alegam os órgãos de imprensa de Malta.  O primeiro-ministro Joseph Muscat, classificou em uma conferência de imprensa o assassinato como um ato de “barbárie” e ordenou que os serviços de segurança dediquem os maiores recursos possíveis para a investigação.

Daphne Caruana,53 anos, estava entre as personalidades da Europa.
A explosão, que ocorreu nesta segunda, às 15h hora local (11h em Brasília), destruiu o carro em que viajava a jornalista perto de sua casa. A polícia explicou que a bomba era muito forte e que o veículo, um Peugeot 108, ficou despedaçado e espalhado pela área.

A morte de Caruana Galizia, de 53 anos, acontece depois que em junho passado o Partido Trabalhista de Muscat, primeiro-ministro desde 2013, obteve uma vitória retumbante nas eleições gerais que ele mesmo tinha convocado após uma série de escândalos envolvendo seu círculo mais próximo.

Seu ministro de Energia, seu chefe de gabinete e até mesmo sua esposa foram acusados de ter contas offshore à raiz da divulgação dos chamados Panamá Papers. Caruana Galizia foi fundamental na revelação do escândalo.

No início deste ano, a prestigiosa revista norte-americana Politico colocou Caruana Galizia entre as “28 personalidades que fazem a Europa se mover”, descrevendo-a como um “WikiLeaks” inteiro em uma única mulher, que empreendeu uma cruzada contra a falta de transparência e a corrupção em Malta”.

Walther Alvarenga


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