Idosa é retirada pela polícia quando tentava votar o referendo
Polícia dispara balas de borracha  contra manifestantes e houve tumulto

O clima é de tensão na Espanha. E embora o governo catalão garanta tranquilidade na votação têm-se registado momentos de violência na Catalunha entre a população, que tenta realizar um referendo para decidir se a região deve ser independente de Espanha, e as autoridades que procuram impedir a votação. O referendo foi considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol.

Há registo de feridos após uma ação da polícia da Guardia Civi em Tarragona, enquanto em Barcelona a polícia disparou balas de borracha.

Policiais e manifestantes entram em confronto
Na manhã dests domingo, o delegado do Governo nacional na Catalunha disse que Madrid "viu-se obrigada a fazer o que não queria": usar autoridades nacionais para impedir as votações e criticou a passividade da polícia catalã, os Mossos d'Esquadra.
A polícia afirma, no entanto, que está cumprindo ordens de impedir o referendo "com proporcionalidade".

"Estamos na rua trabalhando para dar cumprimento à ordem do Tribunal Superior de Justiça Catalã, com proporcionalidade e adequando-nos a cada situação para garantir a segurança", comunicou polícia catalã no Twitter.

Policiais impedem pessoas de votar nas escolas
No total, estão mobilizados na Catalunha cerca de 12.000 efetivos da Polícia Nacional e da Guardia Civil, que foram enviados pelo governo espanhol.

"Os 'Mossos' tinham uma ordem policial de impedir a celebração do referendo ilegal, por isso deveriam evitar que se abrissem os denominados centros eleitorais", afirmou o delegado do Governo nacional na Catalunha, Enric Millo, criticando a passividade da polícia catalã.

"Lamentavelmente não foi assim na maioria dos casos e sobrepuseram questões políticas às profissionais, pondo em risco de maneira irresponsável o prestígio de um corpo policial que é de todos e para todos. Por isso, a Polícia Nacional e a Guardia Civil tiveram de atuar", acrescentou o representante do Governo de Madrid na região.

População se revolta contra proibição do voto em Barcelona
As autoridades fecharam mais de 90 colégios eleitorais em toda a Catalunha para impedir que estes pontos de votação abrissem para o referendo e há centenas de pessoas nas ruas. Alguns cidadãos conseguiram votar, assim como o líder do governo catalão, Carles Puigdemont.

Esta manhã, o porta-voz da Generalitat assegurou que o Governo catalão "está em condições de afirmar" que o referendo se realizará "com garantias", podendo os eleitores votar em qualquer local habilitado, mesmo sem envelopes e com boletins impressos em casa.


Walther Alvarenga

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