Fronteira da Turquia com Síria foi aberta e sírios retornam para casa |
Em sua maioria, 65%
retornam da Turquia e de países vizinhos
Os esforços de
várias potências para colocar fim à guerra da Síria animaram milhares de
refugiados a abandonar a vida no exílio. Na primeira metade de 2017, mais de
31.000 sírios voltaram dos países vizinhos, segundo a Agência das Nações
Unidas para os Refugiados.
Em sua maioria, 65%
voltaram da Turquia, de onde saíram - 20.314. Nas negociações do Cazaquistão também
se traçou um plano de volta em quatro das zonas de distensão para que os civis
possam voltar voluntariamente a Idlib, Homs, norte de Damasco e regiões de
Deraa e Quneitra.
Sírios deixam acampamento na volta para casa. |
Um dos principais
destinos dos fluxos de volta para a Síria é na área de segurança amparada pela
Turquia, entre Yarábulus, al Bab e Azaz, onde as agências turcas investiram na
reconstrução de infraestrutura, moradias, centros educacionais e serviços de
saúde.
A Turquia abriu os
acessos de fronteira com a Síria na maior celebração da comunidade muçulmana –
Dia do Sacrifício -, para autorizar a volta temporária para casa de milhares de
refugiados sírios instalados em seu território.
O Departamento de
Imigração lançou uma plataforma digital para administrar as solicitações depois
de estabelecer um número limite de saídas.
Em apenas 15 dias, 53.798 pessoas atravessaram
a Síria pelo acesso de Oncupinar - na
província de Kilis-, segundo dados divulgados pela agência turca DHA.
O cessar-fogo
parcial acordado nas negociações do Cazaquistão por Turquia, Rússia e Irã
permitiram a milhares de sírios desfrutar de uma relativa tranquilidade nas
cidades durante a realização do Sacrifício.
O aumento da
segurança em seu país de origem foi uma oportunidade para que alguns decidissem
ficar definitivamente. De fato, ao final do prazo estabelecido para o período
de férias, mais de 6.000 refugiados (11%) não voltaram à Turquia.
O país euroasiático
é, com três milhões de refugiados sírios, o principal destino de quem fugiu da
guerra iniciada em 2011.
Walther Alvarenga
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