Determinação do embargo foi do presidente Vladimir Putin 
Uso do hormônio ractopamina na carne é contra legislação russa
Foi determinação do Presidente Vladimir Putin: a partir de 1º de dezembro, a Rússia proibirá o fornecimento de carne suína e bovina do Brasil devido à repetida detecção do hormônio ractopamina, declarou a representante do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), Iúlia Melano.
O Brasil havia sido alertado quanto às substâncias proibidas na carne suína e bovina, o que culminou no rompimento – pelo menos temporário -, da importação de carnes do Brasil.

Uso do hormônio ractopamina na carne é contra lei na Rússia
A decisão causou constrangimentos ao Itamaraty, com o embargo total russo, embora o Brasil seja o maior fornecedor de carne suína e bovina ao país de Putin.
Segundo explicou Iúlia Melano, “a ractopamina é uma substância usada como suplemento alimentar para acelerar o crescimento de animais, sobretudo massa muscular, e reduzir os custos de produção”.
De acordo com as normas do país, seguindo a legislação russa, é expressamente proibido o uso de ractopamina e outros estimulantes para crescimento e engorda de animais, bem como a importação de produtos que contenham essas substâncias.
“Devido à gravidade da situação, o país é obrigado a tomar medidas urgentes para proteger os consumidores russos e o mercado interno de alimentos. Assim, a partir de 1º de dezembro deste ano, o Serviço introduzirá restrições temporárias sobre o fornecimento de todos os tipos de carne suína e de carne de gado brasileiras”, lê-se no comunicado da agência russa responsável.

Brasil liderava o ranking de exportação de carne suína e bovina
O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, declarou que as restrições da Rússia à carne bovina e suína se referem a algumas empresas e que essas companhias devem corrigir o problema identificado.
A Rússia permitiu a importação de carne suína e bovina brasileira em 2013 e 2014 com negociações com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. Estava no contrato de o Brasil não fornecer carnes com ractopamina, o que não foi cumprido.
Em 2014, o Brasil se tornou o maior exportador de carne de porco e bovina para a Rússia, ultrapassando os 176,4 mil toneladas, mantendo a liderança entre os fornecedores ao mercado russo.
Produção própria - Víktor Linnik, que preside um dos maiores fabricantes de produtos de carne da Rússia, a Holding Miratorg, enfatizou que o país hoje não depende de importações de carnes. “A produção local de carne suína está crescendo de 300 a 400 mil toneladas ao ano”, relata.

Walther Alvarenga

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