Ministro Ricardo Barros está no Haiti, mas e o Brasil?
A febre amarela assola o Brasil e o ministro Ricardo Barros viajando
Nada mais surpreendente saber que o Ministro da Saúde do Brasil, Ricardo Barros, se encontra nesse momento no Haiti, participando de atividades na área da saúde, entre outros compromissos naquele país. O que se torna inaceitável, diria, revoltante – diante gravidade da febre amarela no nosso país –, com tantas pessoas atulhadas nas filas de postos de saúde, clamando pelo direito de ser vacinado, é saber que o ministro está fora, quando deveria estar aqui, cuidando do nosso povo. Essa a sua obrigação.
Com todo respeito ao povo haitiano, mas o brasileiro não pode ficar relegado ao quinto plano. Em hipótese alguma – me valendo do bom –, o senhor Ricardo poderia viajar agora, deveria organizar a casa antes de arrumar a moradia dos outros. Teria que estar percorrendo o Brasil, verificando o andamento da vacinação, cumprindo com a devida responsabilidade a que foi atribuída.
As filas nos postos de saúde são intermináveis
Eu pergunto a você, leitor do BLOG, o que um ministro da saúde, em tempos conturbados, vai fazer fora do seu país, cuidar de assuntos internacionais, quando a sua gente – os brasileiros –, passam por período crítico com as ameaças da temida febre amarela, que avança e que já fez inúmeras vítimas.
O senhor Ricardo Barros poderia enviar um representante ao Haiti e ficar atento aos problemas internos. Olhar com complacência para senhoras de idade e crianças dormindo em filas de postos de saúde, na tentativa de se vacinar. É um direito à vida. Não é possível que os “conselheiros” do ministro não o alertaram para a calamidade que assola o país?
É inconsequente o senhor Ricardo Barros estar participando de celebrações, olhando a causa alheia enquanto o povo do Brasil padece pelo descaso, pela falta de assistência. Isso é vergonhoso, senhor ministro! Têm pessoas morrendo!
Já não bastam as mentiras e trapaças arquitetadas pelos “representantes do povo brasileiro” na Câmara Federal e no Senado, os calhordas engravatados, que falam em nome dos que nunca participaram dessas falcatruas, embora sejamos coniventes. Somos, sim, responsáveis por essa gente que está lá.
O ministro está se solidarizando com as vítimas do terremoto que destruiu o Haiti, mas e os brasileiros? Tem gente na UTI, senhor ministro, vítima da febre amarela e o senhor viajando. 
Viagens podem ser adiadas, mas a sobrevivência depende de como agem homens na sua posição, ministro, incumbido de garantir ao nosso povo saúde e dignidade acima de quaisquer interesses. 
Walther Alvarenga


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