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Feira da Madrugada recebe cerca de 30 mil pessoas por dia |
A madrugada de domingo é preocupante e o caos
precisa ser evitado
A situação é grave para os quatro mil lojistas que trabalham
na Feira da Madrugada, no Parque do Pari, em São Paulo, com a determinação da
Justiça da reintegração de posse da área neste domingo, dia 25 de fevereiro, ameaçando
o emprego de oito mil pessoas. O temerário é que confrontos possam ocorrer –
como já vem acontecendo confusão entre polícia e comerciantes –, transformando
a ação em praça de guerra. Os vendedores repudiam o documento de reintegração.
Trata-se
famílias, que estão no olho do furacão mediante a coação da PM, sem perspectivas alguma com o fechamento do Paraíso das Compras,
lesando patrimônios construídos com dificuldades e perseverança. A Feira da
Madrugada recebe diariamente cerca de 30 mil pessoas, de várias partes do
Brasil, e tornou-se o ponto de encontro de comerciantes e consumidores.
A
madrugada de domingo é preocupante e o caos precisa ser evitado, o quanto
antes, para que a truculência não sucumba trabalhadores do bem. Seria
conveniente, caso isso fosse possível, que os comerciantes tivessem o respaldo,
por exemplo, da Polícia Federal. Por que não? Hipótese que poderia coibir o confronto de
alguma forma, diria, o massacre.
Há mais de uma década, segundo a Associação do
Pari, que os comerciantes locais tentam regularizar a situação junto ao Poder
público, mas sem êxito. Não houve colaboração nesse sentindo. Portanto, a ordem
de despejo é tida como afronta, pois desde 2005 que atuam naquele espaço, no
Parque do Pari, na Feira da Madrugada, dando emprego a oito mil pessoas.
À
medida que as horas avançam a preocupação dos trabalhadores na Feira é latente.
O que fazer? Todas as tentativas possíveis, através de reuniões, pedidos de
reconsideração por parte das autoridades, em defesa dos comerciantes, vêm sendo
feitas. Empenho é o que não falta na queda de braço com poderosos.
O sol da
Justiça há se fazer valer e, queira o bom senso que haja entendimento em
instantes de tensão e a reivindicação pelo direito. De um lado, homens da PM,
cumprindo ordens, e, na outra extremidade pessoas que defendem com “unhas e
dentes” o que foi edificado com suor e muito trabalho. Que o entendimento entre
ambos os lados seja, de fato, a melhor saída. Violência representa retrocesso!
Walther Alvarenga
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