A situação é agravante, mas a deputada federal
não se dá por vencida
O Brasil passa por momentos de constrangimentos perante a
opinião pública, diante de episódios grotestos envolvendo autoridades do
governo federal. Temos o caso lastimável da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), escolhida por Michel Temer para ser ministra do
Trabalho, sem qualificação alguma – moral e conduta –, para assumir a pasta.
Processada
por dois ex-motoristas na Justiça do Trabalho – Fernando Fernandes e Leandro
Eugênio Moreira –, por não assinar a carteira de trabalho de ambos, e de não
pagar os tributos trabalhista a que eles têm direito, a deputada insiste em ser
nomeada para o Ministério do Trabalho, o que seria, no mínimo, imoral, com
requintes de um vexame nacional.
A ganância pelo poder faz com que pessoas como
a deputada Cristiane Brasil tente virar o bom senso de ponta cabeça, sem se
importar que a sua nomeação como ministra do Trabalho atestaria a deficiência
de um esquema que desrespeita leis, além jogar por terra o direito e o dever.
Mas Cristiane
Brasil insiste, dando murros em pontas de faca, dizendo que é seu direito ser
ministra do Trabalho, correndo por gabinetes em Brasília, desgastando a sua
imagem. A deputada ainda não se deu conta do prejuízo que causa a si mesma e ao
país, colocando o governo do presidente Michel Temer no olho do furacão.
E nós,
brasileiros, ficamos à mercê de um episódio indigesto, denotando a exiguidade
de uma deputada federal que não consegue enxergar um palmo além do nariz,
inconformada com o seu próprio destino.
É como dizia o saudoso poeta mineiro
Cândido Barbosa: “O poder é um antídoto viciante, que altera o bom senso e que nos
coloca como cobra rasteira, sem rumo, acreditando que lama é um tapete de
veludo”.
Walther Alvarenga
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