Morte de vendedor provoca tumulto nas ruas de Madrid

População destrói vitrines, incendeia caixas de lixo e provoca confusão.
Madrid, na Espanha, foi mergulhada no caos nesta quinta-feira à noite quando surgiram tumultos após a morte de um vendedor ambulante, que teria sofrido um ataque cardíaco enquanto era perseguido pela polícia espanhola. Os protestos prosseguiram nesta sexta-feira.
População acusa a polícia de truculência contra vendedor ambulante
Os manifestantes chegaram às ruas de Madri entre 21 horas desta quinta à 1h30 da madrugada de sexta (horário local), causando destruição em larga escala em boa parte da cidade - abrigos de ônibus foram destruídos , carros da polícia e lojas.
As imagens do confronto no bairro Lavapies, de Madri, mostram a região iluminada por chamas, enquanto manifestantes se rebelavam contra a polícia.
As chamas tomaram conta das ruas
Bombeiros foram convocados para apagar as chamas em todo o bairro depois que manifestantes furiosos incendiaram caixas e provocaram estragos na cidade.
A polícia espanhola respondeu aos tumultos com balas de borracha. Com tiros, agressões com cassetetes, a polícia espanhola agiu de forma brutal contra os manifestantes, na tentativa de dispersar o tumulto.
Povo coloca fogo nas caixas de lixo da cidade
Os protestos começaram depois da morte de um vendedor ambulante, de 35 anos, que morreu após sofrer uma parada cardíaca.
Testemunhas afirmam que  um vendedor de rua senegalês  morreu depois de ser perseguido pela polícia, em motocicletas, sendo agredido aos socos e pontapés, de forma brutal. Ele gritava por socorro, mas os policiais continuaram com as agressões.
O vendedor ambulante morreu antes das 5h00 da manhã, próximo ao nº 10 da Calle del Oso, causando revolta.
Segundo testemunhas, depois das agressões, o vendedor caiu sem vida, mas a polícia tentou ressuscita-lo, sem sucesso, até que os serviços de emergência chegaram ao local.
A prefeita de Madri, Manuela Carmena, disse que haverá uma investigação sobre o incidente. O povo se revoltou contra a truculência dos policias e uma onda de protestos na região madrileña de Lavapies foi intensiva.
O diretor geral da Polícia Germán López Iglesias afirmou que os radicais "poderiam ter aproveitado" dos protestos.
Ele acrescentou: "Estes são eventos desagradáveis, ​​e na Espanha não estamos acostumados que os tumultos aconteçam tão de repente", afirmou.
López Iglesias disse que a Polícia Nacional respondeu a uma chamada da Polícia Municipal, "quando soubemos do incidente que resultou na morte de um cidadão senegalês".
"Foi certamente a morte do vendedor que transformou em situação desproporcional. Alguns radicais se aproveitaram da situação para dizer de alguma forma o que eles pensam através desses fatos desagradáveis".
Walther Alvarenga


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