Africanos são resgatados no Maranhão
A ação que vitimou 25 africanos é apenas a ponta do iceberg
A ação de “coiotes” brasileiros agora avança para o mar. Com propósito de facilitar a entrada ilegal ao Brasil de imigrantes, uma rede de traficantes se arma, buscando  “candidatos na África, e mesmo no Paquistão, com promessas infundadas de uma vida melhor, na travessia pelo Atlântico.
A denúncia de brasileiros que trouxeram para o Brasil  25 imigrantes do Senegal, Nigéria, Guiné-Bissau e Serra Leoa foi catastrófica – embora a prática venha acontecendo. Os africanos sofreram momentos terríveis, após pagar mil euros por cabeça, mergulhando em uma cilada.

À deriva, sem água e sem alimento.
Os imigrantes enfrentaram tempestade, o motor da embarcação falhou e a vela ficou danificada. Navegaram 35 dias até chegar à costa brasileira, nos últimos dias sem comida e água. “Foi sorte de ninguém ter morrido”,   admite a polícia brasileira.

Sobreviventes esperam apoio do governo brasileiro
O grupo de 25 migrantes africanos – que partiu de Cabo Verde em abril – foi resgatado neste sábado por pescadores no cais de São José de Ribamar, no Maranhão, após a embarcação em que seguiam ter ficado cinco dias à deriva.
“Eu rezava todos os dias. Não dormia à noite”, confessa Muctarr Mansaray, um dos imigrantes que explica que dois cidadãos brasileiros garantiram que o trajeto seria relativamente fácil. Contudo, acabou se transformando em pesadelo, sem água e sem comida.
Durante o trajeto, um migrante senagalês, ficou ferido na cabeça quando um mastro se partiu. Mostra-se desolado com a viagem que lhe custou 1000 euros na esperança de encontrar um futuro melhor no Brasil.
As autoridades brasileiras precisam estar atentas, pois cidadãos são trazidos ao Brasil também do Paquistão, em condições deploráveis. O que aconteceu com os africanos é apenas a ponta do iceberg.
Walther Alvarenga

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