Greve de caminhoneiros paralisa o Brasil
Governo e caminhoneiros ainda não se entenderam e a greve se mantém

O Brasil vive mais um dia de caos total com o quarto dia de paralisação de cerca de 500.000 caminhoneiros, interferindo no abastecimento de postos de gasolina, diesel e álcool. Também nos supermercados estão faltando alguns alimentos – batata, melão e melancia. Escolas suspenderam aulas. O drama se estende a alguns aeroportos que operam no limite do combustível.

O Presidente Michael Temer (MDB), em reunião de emergência, tenta negociação com a Petrobrás, elabora saídas emergentes para modificar a política de preços de combustíveis da estatal.

Governo tenta encontrar saída para a crise
A Petrobrás decidiu nesta terça-feira à noite anunciou que irá congelar os preços dos combustíveis por dez dias, reduzindo em até 10% no valor diesel, mas isso não agradou os caminhoneiros. A greve continua.

No quarto dia de paralisação, muitos transtornos para a população. As principais rodovias do país estão abarrotadas de caminhões parados nos acostamentos, dificultando o trânsito. Em alguns pontos, os grevistas atearam fogo nas pistas.

A ação resultou em desabastecimento de alimentos, inclusive pães e batatas em sacolões, restrição no transporte público de capitais e até de voos domésticos e internacionais que partiriam de seis aeroportos.

Caminhoneiros bloqueiam as principais rodovias do país
O pleito inicial dos manifestantes era de que, por meio da isenção de tributos, a diminuição do preço fosse de R$ 0,60 a R$ 0,80. Até o momento não se chegou a um consenso no assunto.

Nos aeroportos de São Paulo – Congonhas e Cumbica –, foram garantidos a entrada de caminhões para o abastecimento de aviões. Ao menos seis aeroportos brasileiros (São Paulo, Brasília, Recife, Maceió, Palmas e Aracaju) anunciaram que operam no limite mínimo de reabastecimento.

Na última semana, a gasolina sofreu quatro reajustes consecutivos e o diesel, dois. Em cidades como Recife (PE), a gasolina chegou nesta quarta-feira ao valor de nove reais por litro.A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), cidades dos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e o Distrito Federal registraram baixos estoques nas bombas. 

Walther Alvarenga

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