Nicolás Maduro comemora vitória e fala em diálogo |
Menos da metade dos venezuelanos participaram das eleições no domingo
Para a decepção de venezuelanos contrários ao regime de chavista, que
levou a Venezuela aos caos político, à fome e a debandada de famílias para o
Brasil, o Conselho Nacional Eleitoral confirmou neste domingo que Nicolás
Maduro foi reeleito presidente do país.
EUA, Espanha e vários países não reconhecem o pleito.O segundo colocado
foi Henri Falcón (21,2%), seguido por Javier Bertucci (10%). De
acordo com a presidente do CNE, Tibisay Lucena, apenas 46,1% dos eleitores
compareceram às urnas.
Maduro celebrou o resultado dizendo que seus adversários o
“subestimaram” e que sua vitória foi “histórica” e “quebrou recordes”. Segundo
ele, o resultado seria o mesmo caso a oposição não tivesse boicotado as
eleições. Diversos partidos e candidatos oposicionistas relevantes estavam
inelegíveis.
Opositores de Maduro silenciam ao ouvir resultados |
Em pronunciamento no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas,
Maduro disse estar disposto a conversar com seus opositores e que seu governo
deseja a paz. O chavista afirmou também que o país não terá eleições nos
próximos dois anos.
Acontece que menos da metade dos venezuelanos participaram das eleições
no domingo. Essa estratégia foi incentivada pela Mesa da Unidade Democrática
(MUD), como forma de deslegitimar o pleito. Segundo o grupo, para quem Maduro
manipulou a disputa em seu favor, menos de 30% dos eleitores votaram.
União Europeia, EUA, Canadá e inúmeros Estados vizinhos, entre eles o
Brasil –pediram a suspensão das eleições por considerarem que não há
condições para a realização de uma votação livre na Venezuela.
Os presidentes da Argentina, Mauricio Macri, e da Colômbia, Juan Manuel
Santos, declararam que não reconhecerão o vencedor. O mesmo foi reafirmado pelo
governo americano.
Walther Alvarenga
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