Planeta Terra é esfera vermelha, demarcada pela
imposição de facínoras
Com que direito alguém pode encurtar caminhos, cometer atrocidades,
e ditar regras quando a liberdade entre os povos é dádiva concedida pelo
milagre da existência - da vida como um todo? O direito de ir e vir - o livre
arbítrio – é a concepção do homem/mulher, em perpetuar, seguir caminhos imbuído
na missão de se realizar, aonde quer que almeje plantar a semente que prolifere
suas vontades. O sonho é como o sol, que a todos aquece!
O Planeta Terra é hoje
uma esfera vermelha, demarcada pela imposição de facínoras – os demônios do
mundo – que manipulam, digladiam-se e caem por terra, exaustos, combalidos pela
própria mesquinhez.
Cercear a liberdade – o desejo espontâneo de construir uma história
– é castrar a esperança e encher de medo aos que do medo se alimentam por se
sentirem fracos, impotentes. Os dias na Terra nos assombram, e a intransigência de
poderosos derruba cavaleiros.
A falta de complacência tornou o poder
intolerante. “Os donos do mundo” não se deram conta de que absolutamente nada lhes
pertencem. E que suas ideias antagônicas
são como um soco no bom senso, expelindo ódio e ameaças.
É crime humanitário impedir que mãe fique longe do seu filho, dilacerando o cordão umbilical da família. E o
que vimos foi à imagem vergonhosa que percorreu o mundo, de uma mulher – de origem
mexicana – abraçada ao filho, aos prantos, após longo período de separação, lembrando
a era nazista, que odiosamente arrancavam as crianças dos pais e as enviava para os campos de concentração.
Crianças deitadas em tapumes, "cobertas" com alumínio. |
A trajetória do imigrante não tem sido fácil ao
longo dos anos. E cada vez mais o cerco se afila, lesando crianças, irmãos –
famílias inteiras – à deriva do voto de misericórdia.
Basta olhar as aves no
céu, que seguem em bando, alegres, se fundindo com o azul infinito. E não há
barreiras, nada que as impeça de seguir o seu destino. Óbvio que existem os
predadores no percurso, mas o direito de escolha foi dado a cada uma delas.
Presente de Deus!
Crianças deitadas em tapumes, cobertas com folhas de alumínio
é o que se pôde ver em “gaiolas” nos centros para imigrantes indocumentados nos
EUA. Todas confinadas no mais absoluto abandono pela intransigência do poder
que discrimina e criminaliza. Os tempos são difíceis e não existe
compatibilidade entre o profano e o sagrado. Deus livre a América da xenofobia!
Walther Alvarenga
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