Imagens de crianças presas em gaiolas revoltam religiosos nos EUA

Imagens de crianças presas no centro de detenção no Texas, chocam.

As imagens de criança separadas à força dos pais nas fronteiras dos EUA causam revolta e indignação no mundo. Elas choram, gritam, mas os truculentos policiais de imigração ficam indiferentes diante do caos. Os adultos são levados para as prisões federais e as crianças fechadas em gaiolas de ferro no centro de detenção de McAllen, no Texas, vigiadas por guardas armados.

Esse o drama de famílias de latino-americanos indocumentados que tentam entrar nos EUA pelas fronteiras, hostilizadas pelo governo do presidente Donald Trump.

Choro de desespero e as crianças são tiradas à força dos pais
As crianças ficam à mercê do casuísmo, vivendo em condições sub-humanas, o que revolta grupos de religiosos nos EUA.

Os imigrantes chamam o centro de detenção de McAllen de “Canil”, e não é difícil perceber porquê: num enorme armazém dividido em três alas, várias gaiolas de metal albergam cerca de 1100 pessoas detidas ao atravessar ilegalmente a fronteira.

Emissoras nos EUA denunciam violação dos direitos da criança
Quase 200 são menores de idade, incluindo crianças que aparentam ter pouco mais de cinco anos. Os mais velhos viajaram sozinhos, os outros foram separados dos pais no momento da detenção. Tiveram 10 minutos para se despedir.

A alguns, disseram que iam tomar banho e foram para ali levados ao engano. No local ouvem-se crianças chorando e a gritando “mamã” e “papá”, ao que um guarda responde em tom de ironia: "Parece que temos aqui uma orquestra...".

Ao abrigo da política de “tolerância zero” ordenada por Trump, em maio, os adultos pegos entrando ilegalmente nos EUA são imediatamente detidos para serem julgados. As crianças, como não podem ficar com os pais na prisão, são levadas para centros de detenção temporários como “'O Canil”.

Menino desolado porque foi tirado dos pais na fronteira
Trump culpa os democratas por bloquearem uma nova lei de imigração. A secretária da Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, nega acusações de racismo: "Se um americano cometer um crime também vai para a cadeia e fica separado da família", justificou.

O procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, rejeitou comparações com os campos de concentração, afirmando que os nazistas "queriam impedir os judeus de deixar o país".A apresentadora da Fox News Laura Ingraham foi criticada por dizer que os centros de detenção são como "acampamentos de verão" para os menores.

 Walther Alvarenga

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