Dayse Ricarte, de 28 anos, sentiu-se mal com rompimento de cápsula. |
Como foi possível Dayse passar por esquema de segurança levando drogas?
Mesmo
com o esquema de segurança nos aeroportos, ainda assim , elementos
transportando drogas ingeridas via oral, através de cápsulas que se alojam no
estômago – expelidas nas fezes – tem sido problema que foge do controle. E esse vem
sendo considerado pelas autoridades de Imigração de Portugal, o caso da
brasileira, Dayse Ricarte, de 28 anos, encontrada morta em hotel de Lisboa,
nesta sexta-feira.
Segundo a Polícia Federal, a capixaba Dayse Ricarte morreu de
overdose, com cápsulas de cocaína no estômago, após uma dessas cápsula estourar,
antes que a jovem pudesse expeli-las.
Deyse Ricarte transportou a droga no
estômago, de Belo Horizonte, em Minas, a Portugal, mas morreu depois que chegou
ao hotel. A notícia deixou a família desnorteada.
Antes de morrer, Dayse, ainda muito
debilitada, teve forças para gravar um vídeo à uma amiga, denotando seu desespero
nos minutos finais de vida."Acho que vou morrer, amiga. Amiga, fala com
minha mãe que eu amo ela, e meu pai. Não vou aguentar”, relatou Deyse.
Segundo declarações
do delegado Ramon da Silva à imprensa, Deyse embarcou no domingo, no aeroporto
de Belo Horizonte. Ela morreu na madrugada da segunda-feira em um hotel em
Lisboa.
A suspeita da polícia é de que Deyse tenha engolido cápsulas de cocaína
e uma delas se rompeu no estômago, provocando a sua morte por overdose.
“Nós
estamos acompanhando esse caso. Fizemos levantamentos iniciais e no momento não
parece que seja uma quadrilha do Espírito Santo, porque até o passaporte dela é
de Minas Gerais”, explicou o delegado Ramon.
Autoridades portuguesas estão investigando
a morte da capixaba e depois vão passar as informações para a Polícia Federal
brasileira continuar a investigação.
Mas a pergunta que se faz é a seguinte:
como a jovem conseguiu embarcar transportando cápsulas de cocaína no estômago?
Os sensores de segurança não detectaram as substâncias? Houve falha no esquema de segurança do aeroporto de Belo Horizonte?
A verdade é que o esquema
criminoso de tráfico internacional de drogas desafia a polícia, e cada vez mais
avança realizando operações arriscadas, utilizando-se de pessoas que não levantam
suspeitas para executar o plano maléfico.
Segundo a Polícia Federal, “essa é
uma operação de tráfico internacional que não pode se feita por uma pessoa, Dayse,
com certeza contou com apoio no Brasil e em Portugal. Nossa suspeita de que a
base brasileira esteja em Minas Gerais é por dois fatos: o embarque ocorreu em
Minas Gerais, e o passaporte foi emitido recentemente pela Polícia Federal de
Minas. Dia 22 de junho foi entregue o passaporte”, disse o delegado.
Os agentes
consulares brasileiros mantêm contato com a família de Deyse, prestando
assistência quanto à produção de documentos e fornecendo informações referentes
ao traslado do corpo e ao registro do óbito.
Walther Alvarenga
VADIA.
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