O povo brinca, se fantasia, mas perde o foco mais importante. |
A barragem está prestes a consumir valores, mas o
povo quer pão e circo
Gente fantasiada, pulando freneticamente pelas ruas do
Brasil com suas roupas coloridas, sorrindo, tentando ocultar o que é visível
nesse país: o sonambulismo do caráter. O brasileiro – me incluo nesse
lamentável veredito – é o que se pode considerar “o bobo da corte”, ou melhor, “o
nanico das parafernálias sociais”, sorrindo quando a nuvem densa da fragmentação
político-social pousa sobre a sua cabeça.
É como se barragem de dejetos estivesse a um passo
de ser rompida, entretanto, o país nesse exato momento está ocupado, envolvido no
escapismo do Carnaval – nada contra a festa brasileira. Imagine os estragos na
quarta-feira de cinzas!
Por favor, folião, não se sinta ofendido, e nem é
preciso rasgar a fantasia: basta olhar a volta e perceber que a alegria forjada
deixa resquícios de frustração e propicia a inércia do dia seguinte.
E a velha desculpa do ... “eu vou ali e volto já”...,
a “pulada de cerca” que trai princípios, adia metas essenciais e nos coloca na
boca do lobo. Os cidadãos divergentes
acabam denominados pelos hereges do poder da manipulação.
O povo quer pão e circo, mas os soberanos aspiram
oportunismo e controle absoluto. Mas de que lado você está?
Walther Alvarenga
Postar um comentário