Muçulmanos da minoria Uighur na região de Xinjiang
Ato desumano é denunciado pela BBC de Londres e New York Times

Após denúncias de grupos de direitos humanos quanto à separação de pais e filhos nos EUA, na entrada ilegal de imigrantes pelas fronteiras entre o reduto americano e o México, outra denúncia contra a China cai como uma bomba aos olhos do mundo.

Segundo denúncia da  BBC de Londres, o sofrimento de exilados da minoria muçulmana acusam a China de tentar separar as famílias, na tentativa de evitar a proliferação da fé islâmica.

Numa ardilosa represália chinesa aos muçulmanos as crianças estão sendo tiradas dos respectivos pais, de forma arbitrária, sendo levadas para destinos ignorados.

Perseguição é “retirar” os ensinamentos religiosos.
    
 “Não faço ideia de quem, se alguém, está tomando conta delas – os filhos retirados à força dos pais. Não temos qualquer contato”, diz uma das mães cujas três filhas menores foram tiradas pelo Estado chinês.

Esse é mais um esforço para tentar diminuir a presença do Islã na sociedade chinesa.

E continua a perseguição aos muçulmanos da minoria Uighur na região de Xinjiang, onde pelo menos um milhão de pessoas estão internadas em instituições que usam todo o tipo de métodos para lhes “retirar” os ensinamentos religiosos.

Segundo a reportagem da BBC, a China separa as crianças muçulmanas das suas famílias para envia-las para colégios internos onde os estudantes não praticam nem a sua religião nem a língua materna.

Pais e outros membros das mesmas famílias, contaram com detalhe o desaparecimento de mais de 100 crianças, todas elas da etnia Uighur.

E para evitar que esse fato desumano seja mostrado ao mundo, na região de Xinjiang os jornalistas são seguidos 24 horas por dia. Há reportagens no “New York Times”, na BBC, no “The Guardian”, e agora no BLOG, denunciando a prática abusiva das autoridades chinesas.

A BBC recorreu a outros métodos de investigação, como o de procurar famílias que tenham fugido da China - e encontrou filas de famílias dispostas a contar as suas histórias, principalmente na Turquia.

A explicação da China é que este método – separar os filhos dos pais - é necessário para que os muçulmanos radicais não plantem as suas ideias no resto da sociedade, e garante que as pessoas presas passam por processos de desradicalização.

Walther Alvarenga

Post a Comment