Na
Venezuela o Natal já esta sendo comemorado, por determinação do presidente
Nicolás Maduro, um mês antes da celebração oficial da data em todo o planeta. E
segundo o staff presidencial, “o Natal na Venezuela é quando o presidente
quer”.
Maduro ordenou
o gasto de 11 milhões de euros na compra de 13 mil e 500 toneladas de pernil –
imagine a população venezuelana vive na mais absoluta miséria, sem comida, sem
remédio e sem dignidade. A onda de pobreza tomou conta das ruas de Caracas,
onde cidadãos procuram por uma ceia nos amontoados de lixo.
O Natal
de Maduro, pasme leitor do BLOG, já começou no luxuoso hotel Humboldt,
reservado ao executivo chavista —, que esta semana aprovou o gasto de 11
milhões de euros na compra de toneladas de pernil.
Alguns enfeites natalinos em Caracas |
A ordem
do presidente a todos os ministérios era para que antecipassem a quadra
natalícia. E assim foi acesa, na sexta-feira, a cruz de Ávila, um mês antes do
habitual, rompendo com uma tradição local que perdura há 50 anos.
A decisão
surge num momento em que o país está desolado por uma grave crise econômica,
mergulhado numa hiperinflação que dura há dois anos e assolado pela tensão
política, depois de Maduro ter tomado posse, em janeiro, para um segundo
mandato, com processo eleitoral fraudulento.
Isso causou a indignação do povo venezuelano,
que sofre com o empobrecimento, diante de um Natal com pouco brilho, num país
em que falta água, eletricidade, gasolina ou gás para cozinhar. Vale lembrar que
cerca de quatro milhões de venezuelano deixaram o país, fugindo da fome.
Expulsão de diplomatas
Em contrapartida, Maduro ordenou neste domingo a saída do país de
diplomatas de El Salvador, em retaliação ao presidente salvadorenho Nayib
Bukele, que expulsou o corpo diplomático venezuelano, apoiado por Nicolás.
Walther Alvarenga
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