Era a imagem da desolação, conta funcionário do aeroporto de Confins

“Havia no olhar daqueles brasileiros deportados, a tristeza pelas humilhações a que foram submetidos...”, diz funcionário do aeroporto.
Conversei agora pouco – às 10h15 deste sábado – com um funcionário do Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, e ele confirmou o desembarque frustrante dos 80 brasileiros deportados dos EUA – incluindo 40 crianças e adolescentes. “Era o cenário da desolação”, disse o rapaz do setor de desembarque do aeroporto, que me pediu para que o seu nome fosse poupado, evitando punição por parte da direção.
“Havia no olhar daqueles brasileiros deportados, a tristeza pelas humilhações a que foram submetidos nos Estados Unidos. Fiquei consternado pela situação”, disse o funcionário.
O voo chegou por volta das 10h40 desta sexta-feira, demarcado o 3º voo com cidadãos do Brasil, expulso dos EUA. O termo é esse mesmo, não tem jeito de mascarar uma realidade.
E segundo autoridades americanas, os voos transportando brasileiros deportados serão mais frequentes, com autorização do governo brasileiro, lembrando que quem paga as despesas são os EUA.
O presidente Donald Trump tem conversado com o governo brasileiro sobre o contingente de brasileiros presos na fronteira do país com o México, trazendo transtornos ao país. Vai mandar todos de volta.
O funcionário do Aeroporto de Confins evitou dar mais detalhes sobre a chegada, mas relatou que jamais tinha visto tanto choro e arrependimento entre os brasileiros deportados, que enfrentaram o dissabor de não serem aceitos no reduto do Donald Trump.
Walther Alvarenga


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