Chanceler Angela Merkel admite epidemia na Alemanha
Anúncio dramático, que eleva o alarme na Alemanha ao nível mais alto.

A Chanceler alemã Angela Merkel já tinha a resposta pronta em uma entrevista coletiva, junto do Ministro da Saúde Jens Spahn, e do diretor do Robert Koch Institut. Ela não escondeu a gravidade da situação:

‘O vírus está entre nós’ - disse Merkel -, ‘ninguém está imune e atualmente não há vacinas ou terapias. Até encontrá-los, devemos levar em consideração que 70% da população alemã estará infectada’.

É um anúncio dramático, que eleva o alarme na Alemanha ao nível mais alto, onde nos últimos dias a epidemia de Covid-19 sofreu um forte aumento.

O número de pessoas infectadas aumentou para mais de 1600, enquanto os casos de morte são agora três, todos na Renânia do Norte-Vestfália, a terra onde quase metade dos casos de coronavírus estão concentrados.

‘Faremos todo o necessário para escapar disso’, prometeu a chanceler, que considerou decisiva a luta contra o tempo:

‘A prioridade é diminuir a propagação do vírus. É essencial focar em quais medidas são apropriadas, com base nas indicações dos especialistas’.

Merkel pediu ‘a solidariedade de todos os cidadãos para impedir a epidemia’.

O número de 60% a 70% de infecções potenciais citadas por Angela Merkel não ocorre por acaso . Foi evocado nos últimos dias por Christian Drosten, diretor do 'Charitè Institute of Virology', a maior policlínica de Berlim, segundo a qual a emergência do Coronavírus poderia durar até dois anos. 

Uma previsão confirmada na conferência de imprensa também pelo diretor do Instituto Robert Koch, Lothar Wieler, que convidou todas as autoridades locais a tomar medidas drásticas para isolar os surtos e evitar muitos contatos entre as pessoas.

Walther Alvarenga



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