André Mendonça, ministro da Justiça; Alexandre Ramagem, diretor-geral da PF |
André Mendonça, novo ministro da Justiça; Alexandre Ramagem é o diretor-geral da PF nomeados ministro da Justiça e Segurança Pública e
diretor-geral da Polícia Federal (PF), respectivamente. Decretos publicados no Diário Oficial da União, desta terça
Pressionado pela imprensa, por políticos e a opinião
pública, o Presidente Jair Bolsonaro acabou desistindo de nomear Jorge Oliveira
como ministro da Justiça e Segurança Pública, substituindo Sergio Moro – que
pediu demissão no último dia 24 de abril alegando interferência política na Polícia
Federal (PF). E para conter o duplo desgaste com a nomeação de Alexandre
Ramagem como diretor-geral da PF, Bolsonaro optou por André Mendonça como o
novo ministro da Justiça, evitando confrontos.
Para o Planalto, Mendonça, que chegou ao governo
pela Advocacia-Geral da União, dificilmente teria problemas com sua nomeação na
Justiça, se fosse contestada. Mendonça tem excelente relação com o presidente
do STF, Dias Toffoli, e bom trânsito com ministros da corte.
Antes de integrar o governo Bolsonaro, Mendonça fez
carreira na AGU, onde teve contato com Toffoli, que chefiou o órgão. Para Mendonça,
Toffoli foi um “grande AGU” e “vem fazendo uma gestão republicana” no STF, de
olho na harmonia entre os Poderes.
Formado em Direito e Teologia, Mendonça diz ser um
“defensor intransigente” do estado laico. Em entrevista, contou que queria
abandonar o Direito para fazer Teologia, mas o pai pediu a ele que, primeiro,
tivesse uma profissão. E por conta do volume de trabalho na pasta, Mendonça,
que é pastor evangélico, não estava conseguindo pregar nos últimos tempos.
O presidente Bolsonaro já disse querer um ministro
“terrivelmente evangélico” para o STF. E conseguiu.
Diretor-geral
da Polícia Federal - Já o novo diretor-geral da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, é delegado da PF desde 2005, chefiou a
equipe de segurança de Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018 depois do
atentado a faca em Juiz de Fora (MG) e, desde então, se tornou amigo próximo da
família do presidente.
Ele tem a confiança de Bolsonaro e dos filhos. O
seu nome vem sendo contestado pela proximidade da família do presidente, mas
quando indagado a respeito, a resposta taxativa de Bolsonaro foi enfática: “E
daí?”
Walther Alvarenga
#NãoSaiadeCasa
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