Estudo aponta eficácia de anticorpos das lhamas para Covid-19 |
Cientistas
esperam que os anticorpos das lhamas possam vir a ser usados como tratamento
profilático para a Covid-19,, depois de já se terem mostrado eficazes no
MERS-CoV e Sars-CoV-1
Uma notícia importante está sendo veiculada na
Europa e a lhama pode ser a salvação da humanidade, segundo cientistas. Os
especialistas acreditam que a cura, ou pelo menos um tratamento que trave a Covid-19,
possa estar escondida nos anticorpos das lhamas.
O estudo foi publicado na revista "Cell Tuesday" e
é assinado por uma equipe internacional de cientistas, que descobriram que os
anticorpos encontrados no sangue das lhamas foram capazes de evitar uma infeção
por Covid-19.
Segundo pesquisas, estes animais de olhar doce têm
conseguido neutralizar em laboratório a Covid-19, e outras infeções, e é para
eles que os cientistas focam agora a sua atenção.
A lhama torna-se uma cobaia e a chave do tratamento
para uma pandemia que já infetou mais de 3,7 milhões de pessoas em todo o mundo.
O que a lhama tem de especial?
Anticorpos pequenos conseguem interagir no vírus |
Anticorpos pequenos, que conseguem ligar a
diferentes partes do vírus mais facilmente. "Este é um dos primeiros
anticorpos conhecidos por ser capaz de neutralizar o SARS-CoV-2", disse
Jason McLellan, da Universidade do Texas em Austin - coautor do estudo.
A investigação sobre os especiais anticorpos da lhama
não é nova. Há quatro anos que os cientistas os estudam e já tinham testado um animal da espécie, de apenas nove meses, descobrindo que os seus anticorpos
conseguiam neutralizar os vírus SARS-CoV-1 e MERS-CoV por um período de seis
semanas.
Os anticorpos também eliminaram o SARS-CoV-2, o
vírus que causa a Covid-19.
O "New York Times" recorda como os
anticorpos de lhamas foram usados no passado para encontrar terapias para o
vírus HIV e influenza, onde ajudaram a descobrir terapias promissoras.
Os lhamas, ao contrário dos humanos, têm dois tipos
de anticorpos. Um desses anticorpos é semelhante em tamanho e constituição
aos anticorpos humanos. Mas o outro é muito menor; é apenas cerca de 25% do
tamanho de anticorpos humanos.
Os anticorpos das lhamas também são facilmente
manipulados, acrescenta. Xavier Saelens, virologista molecular da Universidade
de Ghent, na Bélgica, e autor do novo estudo.
Os cientistas esperam que os anticorpos das lhamas
possam vir a ser usados como um tratamento profilático para a Covid-19, para
profissionais de saúde, por exemplo.
Embora a proteção do tratamento seja imediata, os
efeitos não serão permanentes, durando apenas um mês ou dois sem injeções
adicionais.
Walther Alvarenga
#NãoSaiadeCasa
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