Mercado Keur Serigne Bi, em Dakar, no Senegal |
Tratamentos falsificados de cloroquina podem causar "efeitos colaterais graves",
alerta a OMS
No Senegal, a busca pelo medicamento hidroxicloroquina cresceu
consideravelmente. Também aumentou a venda de medicamento falsificado,
colocando em risco à vida das pessoas.
Jovem senegalês, inclusive, oferece no mercado Keur Serigne Bi, em
Dakar, o principal mercado informal de drogas do Senegal, remédio contendo
cloroquina, a substância ativa usada contra a malária e atualmente testado para
determinar sua eficácia contra o Covid-19.
Os resultados oficiais iniciais mostram que a hidroxicloroquina,
semelhante à cloroquina, permitiria uma cura mais rápida da doença, que afetou
1.329 pessoas no país e causou 11 mortes em 6 de maio.
A dificuldade de obter esses medicamentos no circuito formal faz com que
cada vez mais senegaleses se voltem para o mercado informal, que representa
entre 18 e 22,7 milhões de euros, segundo o sindicato dos farmacêuticos
particulares do Senegal. Uma quantia não validada pelas autoridades
farmacêuticas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) permanece cautelosa quanto a esse
tratamento, mas especialmente alertada para o aumento nas vendas de
medicamentos falsificados que deveriam tratar o Covid-19, especialmente na
África.
Tratamentos falsificados de cloroquina encontrados no Níger, Camarões e
República Democrática do Congo (RDC) podem causar "efeitos colaterais graves", alertou a OMS.
Walther Alvarenga
#NãoSaiadeCasa
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