Ex-ministro Sérgio Moro deve depor neste sábado |
Peço, encarecidamente, ao leitor do BLOG que leia as
observações do texto na íntegra, e não apenas o título. Não se trata aqui de avaliação
com viés político!
Por que o ex-ministro Sérgio Moro forma à sua volta
um círculo de atenções, destilando sua ira e inconformismo, querendo provar que
não é mentiroso, tentando se proteger, antes que tardia? O mais desrespeitoso nessa pandemia política obsessiva, na esfera do
governo federal, é não ter tréguas, nem respeito ao povo brasileiro. As pessoas padecem
de atenção nas filas de hospitais, clamando por socorro, numa luta desesperada
por sobrevivência.
Com o avanço da Covid-19, que já infectou mais de 90
mil pessoas – seis mil mortes até agora no país –, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o Brasil já ultrapassou a China em casos de mortes com
o surto do coronavírus.
E o que se vê entre os chamados poderosos desse país
– homens que poderiam estar unidos e ter um olhar de complacência com aqueles
que perderam a esperança, mediante ao momento sombrio –, são ataques sórdidos,
que poderiam nos poupar de tanta incredulidade. Têm brasileiros morrendo a cada
minuto nesse Brasil, vítimas de um vírus letal!
No Rio de Janeiro, iniciou-se o chamado “jogo pela
vida”, para saber quem tem ou não direito de um leito na Unidade de Terapia
Intensiva – não há respiradores para todos. Os médicos – por força das
circunstâncias fazem o papel de Deus, escolhendo quem morre ou quem sobrevive.
Isso nós já vimos antes, na Itália e Espanha.
E você, leitor, deve estar se perguntando: ‘Mas qual
a culpa de Sérgio Moro em tudo isso?’ ‘Isso é oportunismo, uma avaliação com
viés político?’
Nada disso, sou apolítico, mas não posso silenciar em missão jornalística. Afinal, quando me graduei na Fundação Cásper Líbero, em São
Paulo, fiz um juramento em defesa da Comunidade do meu país, sem julgar
levianamente ou me posicionar defendendo interesses escusos.
Tudo é questão de bom senso. Mas tente
colocar bom senso na cabeça de um tolo e ele dirá que é tolice!
Ao exercer o cargo de Ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro não se prontificou apenas em prender corruptos – quero crer
nisso –, mas olhar pelo povo brasileiro, sem acepção de pessoas. Enxergar o
simples quando ele é devorado pela insensatez do inimigo invisível.
E o que se vê é um ex-ministro com o
orgulho ferido – diria irritado –, tentando provar interferências políticas na
Polícia Federal – evidente que é o seu direito – mas em momento inoportuno. O executivo e o legislativo devem estar afinados, atuando no mesmo tom. O Brasil não deve desviar atenção, pois o surto tem sido implacável.
Voltando
ao ponto de partida – porque o brasileiro precisa de amparo na saúde pública. E
não é hora de apontar o vilão da esfera federal, quando o vilão maior – voraz e
impiedoso –, mata sem escrúpulos e estrangula a economia do mundo.
Todos nós, brasileiros, sabemos da
competência e lisura de Sérgio Moro, que desmantelou quadrilhas de corruptos;
que levou para a cadeia figurões até então intocáveis. Méritos não lhe faltam!
Um homem de fibra e coragem, brilhante em seu campo de atuação, que não precisa
provar nada a ninguém porque ele é a síntese da dignidade.
O que o ex-ministro poderia –
deveria – exercitar agora é o seu papel de cidadão, e entender que:
Nas filas dos bancos,
os rostos cansados e frustrados de centenas de pessoas simples – pais e mães de
gravatas – que enfrentam à burocracia de horas intermináveis para sacar o
benefício de 600 reais. Os mecanismos são falhos, e essa gente sofrida padece –
é o lado mais fraco que sofre as consequências!
Que a jovem chegou aos prantos à
porta de um dos hospitais do Rio de Janeiro, implorando para que salvassem a vida
da sua mãe – que já estava morta dentro do carro –, quando a placa afixada na
entrada do referido hospital dizia: ‘Não há mais vagas!’
Bom seria se todo esse bate-boca e
ganância entre os políticos, em Brasília, tivessem pausa. Que fosse hasteada bandeira
branca, e que todos, indistintamente, cuidassem exclusivamente do povo
brasileiro! É do que mais precisam nesse momento de coronavírus, e de pessoas
mascaradas andando assustadas pelas ruas do mundo! Pense nisso, Sérgio Moro! Caça às bruxas pode ficar para depois!!!
Walther Alvarenga
#NãoSaiadeCasa
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