Bruno Candé foi alvejado com 4 tiros em Moscavide |
Bruno
Candé Marques, ator, foi baleado por um homem de 80 anos, em Moscavide, em
Portugal. Foi um crime de ódio racial, afirma amigos e familiares.
A morte brutal do ator português Bruno Candé Marques, de 39 anos – ele era negro e
foi vítima de racismo –, deixa os familiares e admiradores perplexos. Bruno foi
alvejado com 4 tiros à queima roupa por um homem branco, de 80 anos, que disse:
“Volte para a senzala!”
O crime
aconteceu em Moscavide, no conselho de Loures,
considerando que o caráter premeditado do assassinato não deixa margem para
dúvidas de que se trata de um crime com motivações de ódio racial.
Segundo familiares e amigos de Bruno, o seu assassino já o havia ameaçado
de morte três dias antes e reiteradamente proferiu insultos racistas contra a
vítima.
Informa a polícia local que o ator foi "baleado em várias zonas do
corpo" por outro homem com "cerca de 80 anos". Fonte do Comando
Metropolitano de Lisboa disse que o óbito foi declarado no local e que o
responsável pelos disparos foi detido, tendo-lhe sido apreendida uma arma de
fogo.
Homem de 80 anos autor dos disparos, foi detido por populares. |
"O detido, após os disparos, foi retido por populares até à chegada
da polícia, não ofereceu resistência e, neste momento, encontra-se na nossa
custódia", referiu o comissário Bruno Pires, acrescentando que o suspeito
está num dos departamentos policiais do Comando Metropolitano de Lisboa.
Segundo os relatos recolhidos no local, dias antes teria havido uma
discussão entre os dois homens, tendo Bruno Candé Marques sido desde então
ameaçado pelo homem que neste sábado disparou quatro tiros e o matou. O ator
deixa esposa e três filhos.
Quem era Bruno Candé
Bruno Candé Marque vivia atualmente no Casal dos
Machados, na freguesia do Parque das Nações, perto do local do crime. A família
era oriunda da Guiné- Bissau, mas Bruno nasceu em Portugal. E desde muito novo queria
fazer teatro.
O primeiro espetáculo em que participou foi A
Missão - Memórias de Uma Revolução, de Heiner Müller - ganhou prêmio da
Sociedade Portuguesa de Autores. Também participou
dos espetáculos, A Boa Alma ou Os Sete Pecados Mortais.
#NãoSaiadeCasa
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