A atitude insidiosa pode provocar um tsunami moral, ainda que seja um ministro do Supremo Tribunal Federal
O que
dizer do comportamento inefável do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo
Tribunal Federal (STF), que deixou rubra a face daquela mulher, sentada e
vendada, segurando uma espada, na Praça dos Três Poderes, em Brasília? Como denominar a atitude insidiosa do integrante do
Supremo, de voz pausada e olhar meticuloso – estilo da raposa vermelha, encontrada na Austrália, caçadora ágil, conhecida por
saltar muito alto? O homem foi longe demais! Deu pulo maior que a perna e
acabou pisando na toga!
O ministro provocou um tsunami moral, abriu uma cratera na reputação
do STF – tenta justificar a imprudência –, convicto de ter agido na lei ao
autorizar a soltura de um fora da lei. Libertou André Oliveira Macedo, o André do Rap, com base num trecho do pacote anticrime segundo o qual a prisão preventiva
precisa ser reanalisada a cada 90 dias.
E mesmo em
se tratando de um traficante de “expressão” na esfera do crime, com antecedentes
calamitosos, recebeu o passe verde e se mandou para Deus sabe onde! E como
diria o bom mineiro, “picou a mula!”
Ótimo
roteiro para filmes em Hollywood: juiz da Suprema Corte, sensibilizado com a
situação de um traficante decide soltá-lo! Um longa com direito a lágrimas, beijinhos e acenos de
adeus, baseados na mais sórdida realidade do Brasil.
Nós,
brasileiros, estamos embasbacados, diria, renitentes diante de tanta aberração.
Tudo por aqui acontece na calada da noite, durante o embalar dos sonhos mais
doces, para acordamos sobressaltados!
Walther
Alvarenga
Postar um comentário